Na terça-feira (21), o dólar comercial fechou com variação de 0,3%, valendo R$5,3881, após ter começado o dia cotado a R$5,3746.
O dólar iniciou esta quarta-feira (22) cotado a R$5,3864.
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Agenda de hoje – quarta, 22 de outubro de 2025
Exterior
- 03h00 – Reino Unido – IPC Mensal (set)
- 08h00 – Zona do Euro – Discurso de Luis de Guindos, do BCE
- 09h25 – Zona do Euro – Discurso de Christine Lagarde, presidente do BCE
- 11h30 – EUA – Estoques de Petróleo Bruto (semanal)
Brasil
- 14h30 – Fluxo cambial estrangeiro (semanal)
Desempenho das moedas na sessão anterior
Na terça-feira (21), o dólar comercial fechou com variação de 0,3%, valendo R$5,3881, após ter começado o dia cotado a R$5,3746.
O que influencia o dólar hoje
Os mercados internacionais permanecem em clima de cautela, com atenção voltada à divulgação de balanços de grandes empresas e à volatilidade nos indicadores de preços. As bolsas da Europa e dos EUA operam sem direção definida, refletindo incertezas sobre os lucros corporativos e o ritmo da atividade global.
Entre os destaques, os resultados de empresas como Tesla, Alcoa e IBM são aguardados pelos investidores, enquanto no Brasil as atenções se voltam ao terceiro leilão de áreas do pré-sal e ao início da temporada de balanços com a Weg.
No contexto global, o comportamento dos rendimentos dos Treasuries e a inflação no Reino Unido também ajudam a definir o humor do mercado, que busca sinais de estabilização após dias de volatilidade.
Balanço das empresas e os sinais que eles podem emitir
A temporada de balanços nas principais economias do mundo concentra a atenção dos investidores. Os resultados corporativos oferecem uma leitura sobre a saúde financeira das empresas e o impacto das condições macroeconômicas recentes, como juros elevados e custos de energia.
Nos Estados Unidos, companhias de tecnologia e indústria pesada são monitoradas de perto, com expectativas divididas quanto à manutenção de margens de lucro. A Tesla, a IBM e a Alcoa estão entre as empresas que podem influenciar o desempenho do mercado após o fechamento.
Na Europa, os resultados de gigantes como Barclays, Heineken e Unicredit também contribuem para o sentimento do investidor, especialmente diante da desaceleração da demanda e da pressão sobre o consumo.
Resultados corporativos e inflação no radar global
As principais bolsas globais mostram fraqueza nesta quarta-feira, com movimentos mistos nas ações europeias e quedas nas norte-americanas. O mercado reage aos resultados corporativos e aos indicadores de inflação que sinalizam persistência de pressões de preços.
Na Europa, o índice de preços ao consumidor (CPI) do Reino Unido mantém-se acima da meta, limitando o espaço para cortes de juros pelo Banco da Inglaterra, embora o resultado de setembro tenha mostrado estabilidade. Já em Nova York, os rendimentos dos Treasuries oscilam, refletindo a incerteza sobre a trajetória da política monetária.
Entre as bolsas com melhor desempenho, Londres se destaca com valorização das ações do Barclays, que subiam mais de 4%, sustentadas por resultados financeiros acima das expectativas.
Recuperação no preço das commodities
O mercado de commodities mostra recuperação parcial, impulsionado pela alta do petróleo e do minério de ferro, o que pode contribuir para sustentar o Ibovespa. As ações da Petrobras e da Vale devem avançar, acompanhando o movimento internacional de valorização dessas matérias-primas.
Os preços do petróleo seguem influenciados pela expectativa de aumento da demanda e pelos cortes de produção da OPEP+, enquanto o minério de ferro reage a dados mais favoráveis da indústria chinesa.
Essas oscilações impactam diretamente o desempenho da balança comercial brasileira e a receita de empresas exportadoras, mantendo o setor de commodities como pilar de estabilidade no cenário doméstico.
Shutdown nos Estados Unidos persiste
O impasse orçamentário nos Estados Unidos segue como um dos principais focos de atenção dos mercados internacionais. O presidente norte-americano condicionou novas reuniões com líderes do Congresso à retomada completa das atividades do governo federal.
A indefinição sobre o orçamento reflete as dificuldades de negociação entre a Casa Branca e o Congresso em torno de cortes de gastos e limites de endividamento. Sem um acordo, o governo enfrenta restrições de caixa para se custear, o que pode impactar o PIB no curto prazo.
Nos mercados financeiros, o prolongamento do impasse pressiona os rendimentos dos Treasuries e aumenta a demanda por ativos de proteção, como o ouro e o dólar. A persistência dessa incerteza fiscal tende a afetar as expectativas sobre a política monetária do Federal Reserve.
Mercado doméstico limitado pela fraqueza no mercado externo
No ambiente doméstico, o Ibovespa pode enfrentar limitações de alta em razão da fraqueza dos mercados externos, mas a valorização das commodities ajuda a compensar parte das perdas. As ADRs da Petrobras e da Vale sobem no pré-mercado em Nova York.
O mercado brasileiro também acompanha o movimento de empresas no setor industrial e energético, com destaque para o início da temporada de resultados e a expectativa de novos investimentos no pré-sal.
A estabilidade fiscal e a eventual melhora no balanço comercial são vistas como fatores positivos para manter a confiança dos investidores no médio prazo, desde que as condições globais não se deteriorem.