Dólar hoje
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Na sexta-feira (17), o dólar comercial fechou com variação de -0,2%, valendo R$5,4044, após ter começado o dia cotado a R$5,4460.

O dólar iniciou esta segunda-feira (20) cotado a R$5,4049.

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Confira a cotação do dólar em tempo real

Agenda de hoje – segunda, 17 de outubro de 2025

Exterior

  • 03h00 – Alemanha – Índice de preços ao produtor (set)
  • 05h00 – Alemanha – Dirigente do BCE, Isabel Schnabel discursa em conferência de macroeconomia organizada pelo BCE em parceria com o BIS e o Centro de Pesquisa de Políticas Econômicas

Brasil

  • 08h25 – Bacen: Boletim Focus (semanal)
  • 10h00 – CNI: Sondagem industrial (set)
  • 15h00 – Secex: Balança comercial (semanal)

Desempenho das moedas na sessão anterior

Na sexta (17), o dólar comercial (compra) fechou com variação de -0,7%, cotado a R$5,4049, após ter começado o dia cotado a R$5,4425.

O que influencia o dólar hoje?

Os mercados iniciam a semana com tom otimista, impulsionados por sinais de trégua comercial entre Estados Unidos e China. A agenda global traz indicadores importantes, como o CPI americano (que dependerá da evolução do shutdown) e o IPCA-15 no Brasil.

O governo brasileiro avança com programas de crédito habitacional e discussões sobre responsabilidade fiscal. O ambiente político segue movimentado, com foco em medidas de estímulo e controle das contas públicas.

Com o cenário internacional mais favorável, investidores voltam a adotar uma postura de maior apetite por risco, embora a incerteza fiscal doméstica ainda pese.

A eventual trégua comercial e a reação dos mercados

As bolsas dos Estados Unidos e da Europa operam em alta, refletindo o tom conciliador nas relações entre Washington e Pequim. A retomada das negociações comerciais reduziu a tensão geopolítica das últimas semanas.

Donald Trump e Xi Jinping sinalizaram disposição para rever tarifas e reativar o comércio de produtos agrícolas, o que trouxe alívio aos mercados e valorização de commodities.

O sinal positivo se reflete no desempenho das bolsas asiáticas, que subiram após dados robustos de crescimento da China, indicando melhora da confiança empresarial.

A bateria de indicadores vinda da China

Os dados econômicos da China divulgados ontem mostraram sinais de recuperação mais forte que o esperado. O PIB do terceiro trimestre avançou 1,1% em relação ao trimestre anterior e 4,8% na comparação anual, superando as projeções de mercado.

A produção industrial cresceu 6,5% em setembro, ritmo acima do consenso de 5%, enquanto as vendas no varejo subiram 3% no mesmo período, indicando melhora gradual no consumo doméstico.

Apesar do avanço da atividade, os investimentos em ativos fixos recuaram 0,5% e os preços dos imóveis mantiveram queda de 2,2%, refletindo a fragilidade no setor imobiliário. A taxa de desemprego recuou de 5,3% para 5,2%, sinalizando melhora no mercado de trabalho chinês.

Política fiscal e contas públicas no Brasil

No Brasil, o debate sobre a meta fiscal ganhou força após novo alerta do Tribunal de Contas da União (TCU), que apontou risco de aumento da dívida pública em R$320 bilhões em dez anos, se o governo insistir em mirar o piso da meta.

A expectativa é que o governo reveja metas e explore novas formas de compensação orçamentária, sem recorrer a medidas abruptas. O tema domina as atenções do mercado e do Congresso.

A falta de clareza sobre as diretrizes fiscais segue como um dos principais fatores de pressão sobre os juros e o câmbio, apesar do bom humor externo.

Programa de reforma e estímulo econômico

O presidente Lula lançou o programa “Reforma Casa Brasil”, que prevê R$30 bilhões em crédito para melhorias habitacionais de famílias de baixa renda.

O plano faz parte da estratégia de reativar a economia por meio de investimentos sociais e aumento do crédito. A iniciativa pode ter impacto positivo no setor de construção e na geração de empregos.

Com foco em inclusão e habitação, o programa busca também reforçar a base de apoio político do governo em um momento de tensão orçamentária.

A política fiscal portanto, será determinante para o desempenho do câmbio e juros futuros

O ministro da Fazenda, Fernando Haddad, reforçou que o governo está comprometido em equilibrar as contas e ampliar a arrecadação sem penalizar a classe média.

Em evento político, Lula voltou a defender progressividade tributária, afirmando que “os pobres não podem pagar mais imposto de renda que os ricos”.

Enquanto isso, articulações políticas continuam, com nomes cotados para cargos estratégicos e discussões sobre a condução econômica nos próximos meses.