Na terça-feira (14), o dólar comercial fechou com variação de 0,6%, valendo R$5,4836, após ter começado o dia cotado a R$5,4499.
Na terça-feira (14), o dólar comercial fechou com variação de 0,6%, valendo R$5,4836, após ter começado o dia cotado a R$5,4499.

Na terça-feira (14), o dólar comercial fechou com variação de 0,6%, valendo R$5,4836, após ter começado o dia cotado a R$5,4499.

O dólar iniciou esta quarta-feira (15) cotado a R$5,4656.

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Confira a cotação do dólar em tempo real

Agenda de hoje – quarta, 15 de outubro de 2025

Exterior

  • 06h00 – Zona do Euro – Produção industrial (ago)
  • 09h30 – EUA – índice de atividade industrial Empire State (out)
  • 13h30 – EUA – Diretor do Fed Stephen Miran discursa no Nomura Research Forum
  • 15h00 – EUA – Fed divulga Livro Bege
  • – EUA – Reuniões anuais do FMI e Banco Mundial

Brasil

  • 09h00 – IBGE: Vendas no varejo restrito (ago)
  • 09h00 – IBGE: Vendas no varejo ampliado (ago)
  • 11h30 – Bacen: oferta de até 40 mil contratos de swap cambial (US$ 2 bilhões), em rolagem
  • 12h00 – Bacen: Diretor de política monetária do BC, Nilton David, participa de evento do Goldman Sachs em Washington
  • 14h30 – Bacen: Fluxo cambial (semanal)

Desempenho das moedas na sessão anterior

Na terça (14), o dólar comercial (compra) fechou com variação de 0,1%, cotado a R$5,4688, após ter começado o dia cotado a R$5,4611.

O que influencia o dólar hoje?

O cenário econômico é marcado por atenção redobrada dos investidores às vendas do varejo e às declarações de dirigentes de bancos centrais. As expectativas de políticas monetárias mais brandas nos Estados Unidos reforçam o apetite por risco, enquanto os mercados domésticos buscam ajustar suas projeções.

No Brasil, o foco recai sobre o desempenho do varejo e as perspectivas fiscais. O mercado financeiro deve reagir de forma cautelosa, observando tanto o ambiente externo quanto o andamento das negociações em torno do Orçamento de 2026.

Globalmente, declarações de autoridades monetárias e a oscilação dos preços das commodities devem moldar o humor dos investidores e os rumos das bolsas internacionais.

FED no foco

As falas recentes de Jerome Powell, presidente do Federal Reserve, destacam os riscos no mercado de trabalho norte-americano, reacendendo apostas em cortes de juros. Essa sinalização de possível flexibilização monetária tende a fortalecer ativos de risco e reduzir a pressão sobre o dólar.

Declarações de Susan Collins, do Fed de Boston, reforçam o mesmo tom de cautela, com o reconhecimento de que o enfraquecimento do emprego pode exigir ajustes adicionais. Isso aumenta as expectativas de que a política monetária norte-americana caminhe para uma fase mais acomodatícia.

Os reflexos imediatos são sentidos nos rendimentos dos Treasuries, que recuam, e nos índices futuros de Nova York, que registram alta, indicando otimismo moderado com o ciclo de flexibilização nos EUA.

No Brasil, desempenho do varejo no radar dos investidores

O comportamento do varejo tem sido um dos principais indicadores da atividade econômica no Brasil. Dados recentes apontam para uma melhora relativa nas vendas tanto no segmento restrito quanto no ampliado, depois de quatro meses seguidos de queda.

Esse desempenho é observado com atenção pelos analistas, pois influencia diretamente as projeções de crescimento do PIB e as expectativas de arrecadação fiscal. O avanço das vendas, se materializado, pode sugerir uma retomada gradual da demanda.

Entretanto, parte dos ganhos no mercado financeiro ainda depende de fatores externos, como o preço das commodities e o comportamento das taxas de juros internacionais, que influenciam a confiança e o poder de compra dos consumidores.

Commodities também estão no foco

O mercado de commodities segue como um dos principais determinantes do desempenho das economias emergentes. No caso brasileiro, o minério de ferro exerce papel central, e sua recente queda limita parte do otimismo observado nos mercados acionários.

Os preços do minério estão sob pressão devido à desaceleração da demanda chinesa e ao aumento da oferta global. Esse movimento tem impacto direto sobre empresas exportadoras e sobre a arrecadação de estados produtores, afetando o saldo comercial.

Ainda assim, o petróleo e o ouro apresentam trajetória de valorização, compensando parcialmente os efeitos negativos e oferecendo oportunidades de reequilíbrio nas contas externas e no câmbio.

Inicia-se as discussões sobre a LDO 2026

O foco fiscal permanece no centro das discussões econômicas domésticas. As negociações sobre o Projeto de Lei de Diretrizes Orçamentárias (PLDO), as emendas e a arrecadação de 2026 são acompanhadas de perto pelo setor financeiro.

A necessidade de equilíbrio entre receitas e despesas mantém o tema da sustentabilidade fiscal em evidência. Um ambiente de credibilidade nas contas públicas é essencial para reduzir o custo da dívida e ancorar as expectativas inflacionárias. O governo ainda precisa de R$35 bilhões para equilibrar o orçamento do ano que vem.

Os próximos meses serão decisivos para definir o espaço de manobra da política fiscal, com impacto direto na confiança dos investidores e nas projeções de crescimento da economia brasileira.

Ibovespa hoje

O Ibovespa tende a abrir com viés positivo, impulsionado pelo maior apetite por risco em Nova York e pela tentativa de recuperação do petróleo. A percepção de que os juros globais podem cair reforça o interesse por ativos de países emergentes.

Apesar disso, o movimento é contido pela fraqueza das commodities metálicas e pela cautela em torno das negociações fiscais no país. Os investidores aguardam maior clareza sobre o equilíbrio entre arrecadação e gastos para definir novas posições.

Indicadores de confiança e relatórios de instituições financeiras devem guiar o ritmo dos negócios, enquanto balanços de grandes empresas no exterior, como Morgan Stanley e LVMH, ajudam a calibrar o sentimento do mercado.