Dólar hoje
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Na segunda-feira (13), o dólar comercial fechou com variação de -1,1%, valendo R$5,4657, após ter começado o dia cotado a R$5,5284.

O dólar iniciou esta terça-feira (14) cotado a R$5,4499.

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Confira a cotação do dólar em tempo real

Agenda de hoje – terça, 14 de outubro de 2025

Exterior

  • 03h00 – Alemanha – Índice de preços ao consumidor (set)
  • 05h00 – França – AIE divulga relatória mensal de petróleo
  • 06h00 – Alemanha – Índice de expectativas econômicas (out)
  • 13h20 – EUA – Presidente do Fed, Jerome Powell, discursa sobre política monetária e perspectivas econômicas na reunião anual do NABE
  • 14h00 – EUA – Presidente do BoE, Andrew Bailey, participa de painel na reunião anual do IIF
  • 16h00 – Argentina – Índice de preços ao consumidor (set)
  • 22h30 – China – Índice de preços ao consumidor (set)
  • 22h30 – China – Índice de preços ao produtor (set)

Brasil

  • 09h00 – IBGE: Pesquisa Mensal de Serviços PMS – (ago)
  • 09h00 – IBGE: Levantamento Sistemático da Produção Agrícola LSPA (set)
  • 10h00 – Ministro da Fazenda, Fernando Haddad, participa de sessão de debate na CAE do Senado sobre projeto de reforma do IR
  • 11h30 – Bacen: oferta de até 40 mil contratos de swap cambial (US$ 2 bilhões), em rolagem

Desempenho das moedas na sessão anterior

Na segunda (13), o dólar comercial (compra) fechou com variação de -0,8%, cotado a R$5,4611, após ter começado o dia cotado a R$5,5025.

O que influencia o dólar hoje?

O cenário econômico internacional segue tensionado por incertezas nas relações comerciais entre Estados Unidos e China, somadas às expectativas quanto às próximas decisões do Federal Reserve sobre juros. Essas variáveis mantêm os investidores em alerta e afetam diretamente os mercados de commodities e câmbio.

No Brasil, o destaque recai sobre a participação do ministro da Fazenda, Fernando Haddad, no Senado, discutindo a proposta de isenção do Imposto de Renda. O movimento ocorre em meio à preocupação com o equilíbrio fiscal e à oscilação dos ativos financeiros nacionais diante das turbulências externas.

Além disso, o ambiente político e diplomático segue ativo, com esforços do governo brasileiro para fortalecer relações internacionais e ampliar parcerias comerciais. Ao mesmo tempo, tensões institucionais internas e denúncias políticas continuam influenciando a percepção de estabilidade econômica.

Ambiente externo pesa mais do que o interno

O panorama econômico atual é fortemente influenciado por fatores externos, que tendem a exercer maior impacto sobre o humor dos investidores. A expectativa em torno das próximas decisões do Federal Reserve e as tensões comerciais entre as grandes potências configuram um ambiente de incerteza global.

Embora a pauta econômica nacional conte com temas relevantes, esses movimentos internos têm poder limitado para compensar os efeitos da volatilidade internacional. O foco dos agentes financeiros permanece nas declarações de Jerome Powell e nos indicadores de inflação e crescimento dos Estados Unidos.

Com isso, o comportamento dos ativos brasileiros tende a seguir o compasso do cenário global, reagindo mais intensamente às expectativas de juros e crescimento das principais economias do que às políticas domésticas. 

Estados Unidos estão no radar

Após uma leve recuperação, os mercados internacionais voltaram a cair diante do aumento das preocupações comerciais entre EUA e China. Apesar de uma postura mais conciliadora de Donald Trump, as restrições e tarifas impostas continuam elevando o risco de desaceleração global.

Investidores monitoram de perto a fala de Jerome Powell e os indicadores de inflação e emprego nos Estados Unidos. O comportamento dos Treasuries, que voltaram a cair, reflete a expectativa de manutenção da política monetária restritiva.

Na Europa, a libra perdeu força após novos dados sobre o mercado de trabalho britânico, enquanto o ouro renovou recordes em meio à busca por segurança – reflexo do aumento das incertezas no cenário internacional.

Cenário doméstico exige cautela

O mercado brasileiro reage com cautela à piora do humor global, e o Ibovespa corre o risco de recuar para a faixa dos 140 mil pontos. A valorização do dólar e a queda do minério de ferro e do petróleo podem pressionar o real.

Os juros futuros refletem maior aversão ao risco, enquanto o Tesouro Nacional observa a movimentação das contas públicas diante do cenário fiscal apertado. A proposta de isenção do IR, atualmente no Senado Federal, busca aliviar parte das pressões sobre a renda das famílias.

Ainda assim, as incertezas externas continuam sendo o principal vetor de volatilidade, limitando o potencial de valorização dos ativos domésticos.

Ambiente político também pesa

No campo político, o Senado e o Supremo Tribunal Federal seguem em destaque. O presidente do Senado, Davi Alcolumbre, e o procurador-geral da República, Paulo Gonet, discutem mudanças nas regras do Conselho Nacional de Justiça.

Apesar do foco institucional, o ambiente político ainda é permeado por tensões, como a denúncia envolvendo a Polícia Civil do Maranhão e parlamentares federais. Esses episódios geram instabilidade e repercutem na percepção de risco político.

A relação entre política e economia continua estreita, e a governabilidade é um fator essencial para a manutenção da confiança dos investidores.

Diplomacia econômica brasileira em ação

O ministro das Relações Exteriores, Mauro Vieira, mantém agenda ativa com autoridades dos Estados Unidos e busca reduzir barreiras comerciais impostas ao Brasil. O diálogo visa equilibrar as trocas bilaterais e ampliar oportunidades para produtos brasileiros.

Enquanto isso, o vice-presidente e ministro do Desenvolvimento, Geraldo Alckmin, prepara viagem à Índia para discutir novos acordos de investimento e cooperação tecnológica. O foco é diversificar os mercados e fortalecer parcerias estratégicas.

Essas iniciativas reforçam o papel do Brasil como articulador em um cenário global de incertezas, tentando equilibrar diplomacia e pragmatismo econômico.