Na terça-feira (30), o dólar comercial fechou com variação de -0,1%, valendo R$5,3177, após ter começado o dia cotado a R$5,3237.
O dólar iniciou esta quarta-feira (01) cotado a R$5,3177.
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Agenda de hoje – quarta, 01 de outubro de 2025
Exterior
- 01h30 – Índia – Decisão de política monetária
- 04h55 – Alemanha Índice PMI da indústria de transformação (set)
- 05h00 – Zona do Euro – Índice PMI da indústria de transformação (set)
- 05h30 – Reino Unido – Índice PMI da indústria de transformação (set)
- 06h00 – Zona do Euro – Índice de preços ao consumidor (set)
- 09h15 – EUA – Pesquisa ADP (set)
- 10h45 – EUA – Índice PMI da indústria de transformação (set)
Brasil
- 08h00 – FGV: Índice de preços (semanal)
- 08h00 – FGV: Índice de confiança empresarial (set)
- 10h00 – S&P Global: Índice PMI da indústria de transformação (set)
- 14h30 – BC: Fluxo cambial (semanal)
Desempenho das moedas na sessão anterior
Na terça (30), o dólar comercial (compra) fechou com variação de -0,1%, cotado a R$5,3219, após ter começado o dia cotado a R$5,3227.
O que influencia o dólar hoje?
O mês começa em clima de apreensão nos mercados globais. Nos Estados Unidos, a paralisação parcial do governo federal voltou a assombrar investidores, refletindo a dificuldade do Congresso em aprovar o orçamento.
O episódio, semelhante ao ocorrido em 2018 e 2019, gera incerteza sobre a capacidade de execução fiscal de Washington. O Escritório de Orçamento do Congresso dos EUA (CBO) alertou que o shutdown pode causar a dispensa diária de 750 mil funcionários públicos e prejuízos de US$2,1 bilhões por dia.
No Brasil, o noticiário está voltado para a votação da proposta que amplia a faixa de isenção do Imposto de Renda, enquanto a agenda econômica traz dados importantes de emprego e indicadores de atividade para setembro.
Os impactos esperados no mercado internacional
Os futuros de Nova York abriram em queda, acompanhados pela desvalorização do dólar, à medida que a paralisação do governo americano alimenta temores de desaceleração econômica.
Autoridades do Federal Reserve, como Austan Goolsbee, reforçam o alerta de que um cenário prolongado pode afetar decisões futuras sobre juros.
Na Ásia, a Bolsa de Tóquio perdeu fôlego diante da expectativa de manutenção/elevação de juros elevados pelo Banco do Japão, enquanto na Europa o foco recaiu sobre papéis do setor farmacêutico, após acordo de Donald Trump com a Pfizer envolvendo preços de medicamentos.
Possíveis repercussões no Brasil
O Ibovespa deve sentir o peso da aversão ao risco externo combinado à queda das commodities. A desvalorização do petróleo e do minério de ferro na China pressionam o desempenho do índice acionário.
O shutdown americano deve elevar o clima de aversão ao risco, e impactar as moedas e curvas de juros futuras de países em desenvolvimento como o Brasil.
No front dos indicadores, a FGV informou que o índice semanal de preços ao consumidor subiu 0,65% na última semana de setembro. Esta foi a maior variação desde os 0,72% registrados na terceira semana de março.
Debate sobre a LDO e o novo arcabouço fiscal
Ainda sobre o campo doméstico, os holofotes continuam sobre a condução das contas públicas. O governo espera avançar na discussão sobre incluir a possibilidade de mirar o piso da meta fiscal no texto da Lei de Diretrizes Orçamentárias, mas a pressão do Tribunal de Contas da União para que o Executivo adote medidas de contenção fiscal acrescenta incerteza à pauta.
O relator da LDO, deputado Gervásio Maia, deve apresentar parecer até terça-feira, 7, em meio a expectativas de ajustes que impactam diretamente a percepção de risco sobre as contas públicas brasileiras.
O ouro como um foguete: shutdown alimenta subida do metal
O ouro superou a marca de US$3.900 a onça-troy nesta quarta-feira, sustentando a tendência de alta diante do aumento da busca por segurança em meio à paralisação do governo dos Estados Unidos.
Às 7h52 (horário de Brasília), o contrato futuro para dezembro avançava 1,09%, cotado a US$3.915,30, após renovar máxima em US$3.922,70 durante a madrugada. O movimento reflete a aversão ao risco global.
A prata também acompanhou o rali e subia 1,58%, negociada a US$47,37, o maior nível em 14 anos. O avanço reforça a atratividade dos metais preciosos como proteção em períodos de instabilidade econômica e política.