Terça-feira (30)

Dólar hoje: risco de shutdown, tarifas de Trump e indicadores no Brasil em foco

Na segunda-feira (29), o dólar comercial fechou com variação de -0,4%, valendo R$5,3221, após ter começado o dia cotado a R$5,3448.

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Dólar hoje

Na segunda-feira (29), o dólar comercial fechou com variação de -0,4%, valendo R$5,3221, após ter começado o dia cotado a R$5,3448.

O dólar iniciou esta terça-feira (30) cotado a R$5,3221.

Acompanhe nossa análise diária.

Confira a cotação do dólar em tempo real

Agenda de hoje – terça, 30 de setembro de 2025

Exterior

  • 03h00 – Alemanha – Vendas no Varejo (ago)
  • 09h50 – Zona do Euro – Discurso de Christine Lagarde, Presidente do BCE
  • 11h00 – EUA – Confiança do Consumidor CB (set)
  • 11h00 – EUA – Ofertas de Emprego JOLTS (ago)

Brasil

  • 08h30 – Bacen: Estatísticas fiscais do Setor Público
  • 09h00 – IBGE: Taxa de Desemprego (ago)

Desempenho das moedas na sessão anterior

Na segunda (29), o dólar comercial (compra) fechou com variação de -0,3%, cotado a R$5,3210, após ter começado o dia cotado a R$5,3380.

O que influencia o dólar hoje?

O dólar hoje começa a terça-feira em meio a um cenário de tensões políticas e econômicas que mantém os investidores em compasso de espera.

Nos Estados Unidos, cresce o risco de paralisação do governo, com republicanos e democratas ainda sem consenso sobre o orçamento provisório.

O mercado também acompanha a escalada das tarifas impostas por Donald Trump, que amplia a incerteza no comércio global.

No Brasil, a agenda traz dados fiscais e a taxa de desemprego, que podem reforçar a percepção sobre os rumos da política monetária.

Bolsas e futuros em Nova York

Os contratos futuros de ações em Nova York operam em queda nesta manhã, refletindo os riscos de um possível shutdown do governo americano.

Às 6h33 de Brasília, o Dow caía 0,2%, o S&P 500 recuava 0,1% e o Nasdaq 100 também perdia 0,1%.

Na véspera, as bolsas haviam avançado com a queda nos rendimentos dos Treasuries, impulsionadas ainda pelo otimismo com inteligência artificial.

Agora, a cautela predomina, com investidores avaliando como a incerteza fiscal pode afetar o crescimento econômico.

Impasse orçamentário nos EUA

O prazo para aprovação de um orçamento provisório expira hoje, deixando o governo americano à beira de uma paralisação.

A Câmara aprovou um projeto com apoio republicano, mas a proposta encontra resistência no Senado, onde são necessários 60 votos para avançar.

Após reunião com Trump, republicanos acusaram os democratas de manter o governo “refém”, enquanto a oposição exige garantias sobre subsídios de saúde.

Um eventual fechamento pode afetar serviços públicos e pressionar a confiança dos investidores.

Ouro renova máximas

O ouro alcançou nova máxima nesta manhã, sustentado pela busca por proteção em meio ao risco de paralisação do governo americano.

O cenário adiciona incerteza ao crescimento, favorecendo o metal, que também se apoia nas expectativas de mais cortes de juros pelo Fed.

Prata e platina recuaram levemente após fortes ganhos recentes, enquanto o cobre devolveu parte da valorização da última semana.

Novas tarifas de Trump

Donald Trump anunciou novas tarifas sobre produtos importados, ampliando a tensão no comércio global.

As sobretaxas atingem madeira, móveis e acessórios de cozinha, com alíquotas de até 25%, e entram em vigor em 14 de outubro.

Segundo o governo, a medida visa estimular a produção doméstica e reduzir a dependência externa.

No entanto, analistas alertam que a decisão pode elevar custos e reacender pressões inflacionárias.

Agenda brasileira

No Brasil, o destaque do dia é a divulgação dos resultados fiscais de agosto, com atenção para o primário e a dívida bruta. O dado recém divulgado mostrou que a Dívida Bruta/PIB caiu para 77,5% e o déficit primário do setor público foi de R$17 bilhões.

O IBGE também divulgará a taxa de desemprego do mês, após o Caged mostrar a criação de 147,3 mil vagas formais, abaixo das expectativas.

O resultado levou a uma reprecificação na curva de juros, com investidores apostando em taxas mais baixas diante do arrefecimento do mercado de trabalho.