Na sexta-feira (26), o dólar comercial fechou com variação de -0,4%, valendo R$5,3431, após ter começado o dia cotado a R$5,3637.
O dólar iniciou esta segunda-feira (29) cotado a R$5,3431.
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Confira a cotação do dólar em tempo real
Agenda de hoje – segunda, 29 de setembro de 2025
Exterior
- 09h00 – Zona do Euro – Pronunciamento de Lane, do BCE
- 14h15 – EUA – Discurso de Trump, Presidente dos EUA
Brasil
- 08h00 – FGV: IGP-M (set)
- 08h25 – Bacen: Boletim Focus (semanal)
- 08h30 – Bacen: Empréstimos Bancários (ago)
- 14h30 – MTE: Índice de Evolução de Emprego do CAGED (ago)
- 15h30 – Secex: Balança comercial (semanal)
Desempenho das moedas na sessão anterior
Na sexta (26), o dólar comercial (compra) fechou com variação de -0,5%, cotado a R$5,3380, após ter começado o dia cotado a R$5,3620.
O que influencia o dólar hoje?
O dólar hoje começa a semana pressionado por um cenário de incertezas que mistura política e economia nos Estados Unidos.
Os investidores acompanham de perto o impasse no Congresso, que ameaça paralisar parte do governo americano caso um acordo orçamentário não seja fechado até terça-feira.
Ao mesmo tempo, o mercado aguarda o relatório de empregos, previsto para sexta-feira, que pode ditar o ritmo dos próximos cortes de juros pelo Fed.
No Brasil, destaque para o IGP-M de setembro e para as novas projeções do Boletim Focus, que podem mexer com as expectativas para a Selic.
Bolsas e futuros nos EUA
Os contratos futuros em Nova York operam em alta nesta manhã, com investidores atentos tanto ao impasse orçamentário em Washington quanto aos dados de emprego previstos para esta semana.
Na última sessão, as bolsas americanas fecharam em território positivo após a inflação vir em linha com o esperado. Ainda assim, o S&P 500 e o Nasdaq acumularam perdas semanais e quebraram a sequência de três semanas de ganhos.
A reação cautelosa reflete a incerteza sobre juros e crescimento econômico nos EUA, fatores que seguem no radar dos mercados globais.
Relatório de empregos e política monetária
O foco da semana é o relatório de empregos de setembro, que será divulgado na sexta-feira e deve indicar se o mercado de trabalho americano continua resiliente.
O Fed já reduziu a taxa básica em 25 pontos-base neste mês, priorizando a desaceleração do emprego em vez da inflação, que permanece elevada.
A expectativa é de criação de 51 mil vagas em setembro, bem acima das 22 mil de agosto, com taxa de desemprego estável em 4,3%.
Se os números vierem fortes, parte dos analistas acredita que o Fed pode adotar cortes mais cautelosos até o fim do ano.
Impasse orçamentário em Washington
As negociações no Congresso continuam tensas para evitar uma paralisação parcial do governo americano a partir de terça-feira.
Os republicanos controlam as duas casas, mas precisam do apoio dos democratas, que rejeitam o orçamento atual por não reverter cortes em programas de saúde.
Donald Trump se reúne hoje com líderes do Congresso na Casa Branca e disse acreditar, em entrevista à Reuters, que os democratas buscarão um acordo.
Ouro e mercados globais
O ouro superou os US$3.800 por onça, com investidores buscando proteção diante do risco de paralisação do governo americano.
As apostas em novos cortes de juros pelo Fed também sustentam a valorização do metal, que costuma se beneficiar de períodos de incerteza e de taxas mais baixas.
No momento, o ouro à vista sobe 1,4%, cotado a US$3.810,85, enquanto o contrato futuro avança 0,8%, para US$3.839,10.
A queda do dólar após dados de inflação em linha com o esperado também impulsionou os preços no mercado de metais mais amplo.
Agenda brasileira: IGP-M e Focus
No Brasil, o destaque é a divulgação do IGP-M de setembro, após alta de 0,36% em agosto, que elevou o acumulado em 12 meses para 3,03%.
O boletim Focus trará novas projeções para inflação, crescimento e taxa Selic. Na última edição, a expectativa para a Selic em 2026 caiu de 12,38% para 12,25%, após 32 semanas em 12,50%.
Para 2025, a projeção permanece em 15%, refletindo a cautela do Banco Central diante do cenário fiscal e externo mais desafiador.