Na quarta-feira (17), o dólar comercial fechou com variação de 0,3%, valendo R$5,3109, após ter começado o dia cotado a R$5,2956.
O dólar iniciou esta quinta-feira (18) cotado a R$5,3109.
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Confira a cotação do dólar em tempo real
Agenda de hoje – quinta, 18 de setembro de 2025
Exterior
- 08h00 – Reino Unido – Decisão de política monetária
- 09h30 – EUA – Novos pedidos de seguro-desemprego (semanal)
- 10h00 – África do Sul – Decisão de política monetária
Brasil
- 10h00 – CNI: Sondagem industrial (ago)
- 11h30 – BC: oferta de até 40 mil contratos de swap cambial (US$ 2 bilhões), em rolagem
Desempenho das moedas na sessão anterior
Na quarta (17), o dólar comercial (compra) fechou com variação de 0,1%, cotado a R$5,3006, após ter começado o dia cotado a R$5,2974.
O que influencia o dólar hoje?
Os mercados seguem atentos às decisões de política monetária. Após cortes pelo Federal Reserve e a manutenção de juros pelo BCE, hoje é a vez do Banco da Inglaterra (BoE) anunciar sua taxa básica. O Copom, por sua vez, manteve a Selic em 15%, sinalizando postura conservadora diante das incertezas.
No exterior, o dólar mostra sinais mistos, enquanto futuros de Nova York operam em alta após o corte de juros nos EUA. O BoE tende a manter sua taxa em 4%, e o BCE já indicou cautela em relação a novos cortes. O mercado acompanha ainda a volatilidade política nos EUA.
No Brasil, a curva de juros se ajusta ao tom conservador do Copom, refletindo apostas de que cortes devem começar apenas em 2026. O Ibovespa deve abrir alinhado ao humor externo, mas com atenção redobrada ao risco político doméstico e aos desdobramentos da pauta fiscal.
A política monetária do Bank of England (BoE)
O Banco da Inglaterra deve manter hoje sua taxa básica de juros em 4%.
A decisão reflete o equilíbrio entre inflação ainda acima da meta e sinais de resiliência da economia britânica.
O mercado espera que os cortes comecem apenas em 2026, a depender da evolução dos preços de serviços.
Federal Reserve e perspectiva de novos cortes
O corte de 25 pontos-base anunciado pelo Fed ontem reforçou a leitura de que o Banco Central americano iniciará uma trajetória gradual de flexibilização.
Jerome Powell sinalizou cautela, destacando que novos cortes dependerão da evolução dos dados de inflação e emprego, mas as projeções dos diretores sugerem dois cortes adicionais nas reuniões remanescentes deste ano.
Esse cenário pressiona os rendimentos dos Treasuries para baixo e fortalece ativos de risco globalmente.
Os limites para afrouxamento pelo Banco Central Europeu
O BCE manteve os juros na decisão da semana passada, e os dirigentes indicam que novos cortes não devem acontecer antes do ano que vem.
O vice-presidente, Luis de Guindos, afirmou que a autoridade monetária pode não ter concluído ainda a série de ajustes iniciada em junho, mas os demais diretores falaram que nenhum membro do comitê de política monetária sugeriu novos cortes de juros ainda este ano.
Isso mantém a incerteza sobre a velocidade do ciclo, especialmente diante de inflação resistente em alguns países da Zona do Euro.
Brasil: Copom e curva de juros
O Copom manteve a Selic em 15% pela segunda reunião consecutiva, reforçando postura conservadora.
O comunicado destacou que os juros devem permanecer altos por período prolongado, afastando a possibilidade de cortes no curto prazo.
A curva de juros reflete essa leitura, com o mercado precificando reduções apenas em 2026.
Ibovespa, câmbio e percepção de risco
A decisão do Copom e a queda dos juros nos EUA devem influenciar o humor do mercado local.
O Ibovespa pode acompanhar a valorização externa, mas os riscos políticos e fiscais seguem no radar.
Pesquisas recentes de opinião também adicionam volatilidade, enquanto o câmbio deve se manter estável em sintonia com o exterior.