Na terça-feira (16), o dólar comercial fechou com variação de -0,4%, valendo R$5,2954, após ter começado o dia cotado a R$5,3173.
O dólar iniciou esta quarta-feira (17) cotado a R$5,2956.
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Confira a cotação do dólar em tempo real
Agenda de hoje – quarta, 17 de setembro de 2025
Exterior
- 03h00 – Reino Unido – Índice de preços ao consumidor (ago)
- 06h00 – Zona do Euro – Índice de preços ao consumidor (ago)
- 09h30 – EUA – Construção de moradias iniciadas (ago)
- 10h45 – Canadá – Decisão de política monetária
- 15h00 – EUA – Decisão de política monetária
- 16h00 – Argentina – PIB (2º tri)
Brasil
- 05h00 – Fipe: Índice de preços ao consumidor (semanal)
- 08h00 – FGV: IGP-10 (set)
- 14h30 – BC: Fluxo cambial (semanal)
- 18h30 – Copom: Decisão de política monetária
Desempenho das moedas na sessão anterior
Na terça (16), o dólar comercial (compra) fechou com variação de -0,4%, cotado a R$5,2974, após ter começado o dia cotado a R$5,3205.
O que influencia o dólar hoje?
O mercado global aguarda a decisão do Federal Reserve, que deve cortar os juros pela primeira vez desde dezembro, reduzindo a taxa para a faixa entre 4,00% e 4,25%. A expectativa é unânime, diante de sinais de fraqueza no mercado de trabalho americano.
Na Europa, investidores acompanham dados de inflação e decisões do Banco da Inglaterra, enquanto as bolsas operam em compasso de cautela. Nos EUA, os Treasuries caem pelo terceiro pregão, refletindo apostas em política monetária mais branda.
No Brasil, a atenção se divide entre a manutenção da Selic em 15% pelo Copom, a queda recente das commodities e pesquisas de opinião que mostram alta na desaprovação do governo. Esse conjunto pode limitar o fôlego da bolsa e do câmbio no curto prazo.
Federal Reserve e a economia norte-americana
O Fed deve anunciar hoje a redução de 0,25 ponto percentual, levando a taxa para a faixa de 4,00% a 4,25%.
A decisão ocorre em meio a evidências de enfraquecimento no mercado de trabalho, com desaceleração da criação de vagas e pedidos de auxílio-desemprego mais altos.
A expectativa é de que o presidente Jerome Powell sinalize continuidade de cortes graduais, condicionados aos próximos indicadores de inflação e atividade.
Treasuries e reação dos mercados globais
Os rendimentos dos Treasuries recuam pelo terceiro pregão, refletindo a leitura de que o Fed abrirá espaço para flexibilização monetária mais prolongada.
Essa queda nos yields reduz o prêmio de risco em ativos globais, incentivando a busca por ativos emergentes e de maior retorno.
As bolsas nos EUA, no entanto, operam de forma cautelosa, aguardando os detalhes do comunicado do Fed.
Inflação e decisões de juros na Europa
No Reino Unido, a taxa anual de inflação no consumidor subiu para 3,8% em agosto, acima da meta de 2% do BoE.
O dado aumenta a pressão para que o Banco da Inglaterra mantenha juros altos por mais tempo.
Já a Zona do Euro registrou inflação de 2,1% no mês passado, um pouco acima da meta do BCE. Apesar da inflação sob relativo controle, diversos membros da autoridade monetária já falaram publicamente que não há previsão de novos cortes de juros pelo Banco Central Europeu este ano.
Commodities e impacto no Ibovespa
A queda do petróleo (-0,70%) e do minério de ferro (-0,12%) em Dalian pode limitar o fôlego do Ibovespa.
O movimento sinaliza receio com a desaceleração da economia chinesa, que ainda mostra sinais de fraqueza na demanda.
Essa correção nas commodities deve estimular a realização de lucros no mercado local, após as altas recentes da bolsa.
Brasil: Selic, câmbio e risco político
O Copom deve manter a Selic em 15%, em linha com as expectativas do mercado. O comunicado tende a repetir o tom do encontro anterior, reforçando cautela diante do cenário fiscal.
No câmbio, o real manteve força frente ao dólar, sustentado pelo diferencial elevado de juros e pela expectativa de corte do Fed, que favorece moedas emergentes.
Pesquisas recentes mostraram aumento na desaprovação do governo, o que adiciona volatilidade ao pregão desta quarta.