Relações exteriores

EUA sinalizam medidas após condenação de Bolsonaro

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Marco Rubio afirma que os EUA podem adotar novas medidas contra o Brasil após a condenação de Jair Bolsonaro
Marco Rubio, secretário de Estado dos EUA, critica o STF e sinaliza anúncios “na próxima semana” (Fonte: Gemini Pro)

Washington pode anunciar “na próxima semana” novos passos em resposta ao julgamento do ex-presidente, disse o secretário de Estado Marco Rubio em entrevista à Fox News durante visita a Israel. Ele afirmou ver “rompimento do estado de direito” no Brasil.

O que disse Marco Rubio

Rubio voltou a criticar o Judiciário brasileiro após a condenação de Jair Bolsonaro pelo STF. Sem citar nomes, mencionou um “juiz ativista” que teria extrapolado sua jurisdição. Segundo ele, houve tentativas de fazer valer “reivindicações extraterritoriais” contra cidadãos e usuários que postam a partir dos EUA.

“Resposta dos EUA” em breve

O chefe da diplomacia americana declarou que a Casa Branca prepara reações e prometeu anúncios “na próxima semana ou mais” sobre “passos adicionais” que Washington pretende tomar.

Possíveis impactos e contexto

Rubio disse que o julgamento de Bolsonaro seria “mais um capítulo de uma crescente campanha de opressão judicial” que também teria mirado empresas e pessoas que operam a partir dos Estados Unidos. O tom aumenta a tensão diplomática entre os dois países e pode ter efeitos de curto prazo sobre percepção de risco e relações bilaterais.

Repercussão política no Brasil

Anistia volta ao debate

Após a condenação, o governador de São Paulo, Tarcísio de Freitas, buscou autorização para visitar Bolsonaro e retomou articulações por anistia no Congresso, movimento que ganhou novo fôlego no campo bolsonarista.

PT resiste a perdão amplo

A presidente do PT, Gleisi Hoffmann, descartou anistia total, mas admitiu discussão sobre redução de penas relacionadas aos atos de 8/1 — tema que pode avançar em debates no STF e no Legislativo.

Por que isso importa ao investidor

Uma escalada diplomática tende a aumentar ruído político, afetar expectativas de fluxos e pressionar prêmios de risco. Em momentos assim, carteiras diversificadas e com exposição global costumam amortecer volatilidade doméstica — tese recorrente entre gestores quando o noticiário político domina o mercado.