Recorde no Ibovespa

Ibovespa bate recordes históricos e fecha em alta antes da Super Quarta

Ibovespa fecha em alta recorde antes da Super Quarta, com dólar em queda e destaque para ações de varejo e estatais.

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Painel da B3 exibindo gráfico do Ibovespa em alta, com recordes históricos de pontos na bolsa de valores.
Painel da B3 mostra pregão em alta com o Ibovespa renovando recordes históricos em setembro de 2025. (Fonte: Gemini Pro)

O Ibovespa encerrou o pregão desta segunda-feira (15) em clima de euforia e cautela ao mesmo tempo. O principal índice da bolsa brasileira avançou 0,90%, alcançando 143.546,58 pontos, o maior nível de fechamento da história. Durante o dia, chegou à máxima inédita de 144.193,58 pontos, superando o recorde anterior de 11 de setembro.

Apesar da performance histórica, o volume financeiro foi considerado baixo, em torno de R$ 17,3 bilhões, reflexo da postura mais conservadora dos investidores às vésperas da chamada Super Quarta, que trará decisões cruciais do Copom e do Federal Reserve (Fed).


Super Quarta traz cautela ao mercado

Na quarta-feira (17), o mercado conhecerá as decisões de política monetária do Brasil e dos Estados Unidos.

  • No Brasil, a expectativa é de manutenção da Selic em 15% ao ano.
  • Nos EUA, o consenso é de que o Fed anuncie o primeiro corte de juros em nove meses, estimado em 0,25 ponto percentual.

Mais do que o movimento imediato, os analistas estarão atentos às projeções do Fed para PIB, inflação e desemprego, que indicarão o ritmo dos cortes até 2026.

Segundo Fábio Murad, CEO da SpaceMoney, “momentos como a Super Quarta reforçam a importância de diversificação global. O investidor que depende apenas do mercado local fica vulnerável à volatilidade. Já quem se expõe a ativos internacionais, como ETFs nos EUA, consegue atravessar essas fases com maior tranquilidade”.


Indicadores e destaques do pregão

Além da expectativa pelo Fed e Copom, outros fatores influenciaram o mercado:

  • O IBC-Br de julho veio mais fraco que o esperado, reforçando a visão de desaceleração da economia brasileira.
  • O dólar comercial caiu 0,61%, cotado a R$ 5,32, no menor nível desde junho de 2024.
  • Nos EUA, o Nasdaq avançou 0,94%, impulsionado pela valorização da Alphabet, que ultrapassou US$ 3 trilhões em valor de mercado.

No campo corporativo:

  • Vale (VALE3) subiu 0,88% e Petrobras (PETR4) avançou 0,87%, acompanhando o petróleo no exterior.
  • Eletrobras (ELET3) foi destaque com alta de 3,02%.
  • No varejo, Magazine Luiza (MGLU3) disparou 7,41% e Lojas Renner (LREN3) ganhou 2,33%.
  • Entre as quedas, Banco do Brasil (BBAS3) recuou 2,20% e Raia Drogasil (RADL3) caiu 3,93%.

Ibovespa no ano e no mês

O desempenho acumulado reforça a força do mercado brasileiro em 2025:

  • Semana: +0,90%
  • Setembro: +1,50%
  • 3º trimestre: +3,38%
  • 2025: +19,34%

Perspectivas

Com a Super Quarta no radar, os investidores devem manter a cautela nos próximos dias. Um corte de juros mais agressivo nos EUA poderia pressionar o real e os ativos brasileiros, enquanto a manutenção da Selic tende a reforçar a atratividade relativa da renda fixa local.

Para Murad, a mensagem é clara: “o investidor não deve depender de apenas um mercado. O Brasil é importante, mas a verdadeira independência financeira vem da construção de patrimônio em dólar, com estratégias que combinam segurança e geração de renda, como o Super ETF”.