Na sexta-feira (12), o dólar comercial fechou com variação de -0,8%, valendo R$5,3490, após ter começado o dia cotado a R$5,3896.
O dólar iniciou esta segunda-feira (15) cotado a R$5,3520.
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Confira a cotação do dólar em tempo real
Agenda de hoje – segunda, 15 de setembro de 2025
Exterior
- 06h00 – Zona do Euro – Balança comercial (jul)
- 09h30 – EUA – Índice de atividade industrial Empire State (set)
Brasil
- 08h00 – FGV: Sondagem do mercado de trabalho (ago)
- 08h25 – BC: Boletim Focus (semanal)
- 09h00 – BC: IBC-Br (jul)
Desempenho das moedas na sessão anterior
Na sexta (12), o dólar comercial (compra) fechou com variação de -0,7%, cotado a R$5,3529, após ter começado o dia cotado a R$5,3914.
O que influencia o dólar hoje?
A semana começa com foco no Brasil, onde o Copom decide os rumos da política monetária na quarta-feira. Até lá, os destaques ficam com o IBC-Br de julho e a pesquisa Focus, enquanto investidores calibram apostas sobre a Selic.
No exterior, os mercados operam em compasso de espera pelo Fed, que também define juros nesta semana. A agenda traz ainda dados de inflação e atividade da China, além de negociações comerciais entre EUA e China em Madri.
Apesar do otimismo moderado das bolsas globais, sinais de fraqueza vindos da China e a expectativa de corte no IBC-Br reforçam a leitura de desaceleração econômica. O petróleo em alta e os juros futuros nos EUA ajudam a manter a cautela.
Copom e a política monetária no Brasil
O Copom se reúne nesta semana para definir a Selic, atualmente em 15%. O mercado aposta na manutenção da taxa, reforçando o tom conservador diante das incertezas fiscais e dos riscos inflacionários.
A decisão será acompanhada de perto, já que a comunicação do BC deve sinalizar a estratégia para os próximos meses.
Com inflação em trajetória benigna, mas ambiente político conturbado, analistas projetam cortes apenas em 2026.
Índice de atividade econômica do Banco Central – IBC-Br
O IBC-Br recuou 0,53% em julho, segundo o Banco Central, resultado mais fraco que a expectativa mediana de queda de 0,30%.
O dado reforça sinais de perda de ritmo da atividade econômica, pressionada por juros elevados, incertezas fiscais e demanda externa enfraquecida.
Com esse desempenho, crescem as apostas de que o PIB no 3º trimestre terá avanço modesto, mantendo o cenário de desaceleração no segundo semestre.
Fed e expectativas de juros
Nos EUA, a atenção se volta à decisão do Federal Reserve na quarta-feira. A maior parte do mercado projeta queda dos juros e busca pistas sobre cortes adicionais nas reuniões remanescentes de 2025.
A pressão política continua, com declarações de Trump pedindo demissão de dirigentes do Fed.
Ainda assim, a comunicação de Jerome Powell deve manter tom cauteloso, reforçando a dependência dos próximos indicadores de inflação e emprego.
Produção e consumo da China
A produção industrial da China avançou 5,2% em agosto, mas veio abaixo do esperado (5,8%). O resultado reforça preocupações com a desaceleração da segunda maior economia do mundo.
As vendas no varejo também decepcionaram, crescendo 3,4% ante 3,7% no mês anterior.
Esses números pressionam expectativas de novos estímulos do governo chinês, ainda que a balança comercial siga sólida.
Ibovespa, minério de ferro e câmbio
A queda de 0,31% do minério de ferro em Dalian pode limitar os ganhos das ações ligadas à mineração.
Por outro lado, a valorização do petróleo e o viés positivo das bolsas globais podem sustentar o Ibovespa.
No câmbio, o real tende a seguir em linha com o exterior, mas incertezas políticas locais podem manter prêmio de risco elevado.