Na última sexta-feira (29), o dólar comercial fechou com variação de 0,1%, valendo R$5,4237, após ter começado o dia cotado a R$5,4171.
O dólar iniciou esta segunda-feira (01) cotado a R$5,4237.
Acompanhe nossa análise diária.
Confira a cotação do dólar em tempo real
Agenda de hoje – segunda, 01 de setembro de 2025
Exterior
- 04h55 – Alemanha – Índice PMI industrial (ago)
- 05h00 – Zona do Euro – Índice PMI industrial (ago)
- 05h30 – Reino Unido – Índice PMI industrial (ago)
- Feriado nos EUA – Dia do Trabalho
Brasil
- 08h00 – FGV: Índice de preços ao consumidor (semanal)
- 08h00 – FGV: Índice de confiança empresarial (ago)
- 08h25 – BC: Boletim Focus (semanal)
- 10h00 – S&P Global: Índice PMI industrial (ago)
Desempenho das moedas na sessão anterior
Na última sexta (29), o dólar comercial (compra) fechou em alta de 0,3%, cotado a R$5,4213, após ter começado o dia cotado a R$5,4056.
O que influencia o dólar hoje?
O início de setembro é marcado pela expectativa em torno dos dados de emprego nos Estados Unidos. O payroll, os PMIs e o Livro Bege do Fed guiam o sentimento dos investidores.
Com os mercados norte-americanos fechados pelo feriado, o movimento tende a se concentrar na reação a indicadores na Europa e China.
O câmbio deve refletir tanto a liquidez reduzida quanto a precificação de apostas sobre os próximos passos do Federal Reserve.
Indústria europeia e repercussões cambiais
O PMI da Zona do Euro surpreendeu positivamente, indicando expansão da manufatura pela primeira vez em 38 meses.
Na Alemanha, no entanto, a indústria segue fragilizada, o que mantém dúvidas sobre a retomada consistente da economia.
Esse quadro reforça a volatilidade do euro frente ao dólar e pode gerar efeitos indiretos sobre moedas emergentes, como o real.
Reino Unido e a fragilidade da Libra
No Reino Unido, a contração industrial se aprofundou, sinalizando perda de fôlego econômico.
Essa desaceleração pressiona a libra esterlina, que já vinha operando enfraquecida contra o dólar.
A oscilação cambial britânica tende a aumentar a aversão ao risco, uma vez que indicadores mais modestos de produção podem obrigar o Bank of England a cortar os juros mais uma vez este ano.
A aversão ao risco no Reino Unido pode representar uma desvalorização das moedas emergentes sobre a Libra também.
Tensões políticas e o dólar
A ofensiva de Donald Trump contra a diretora do Fed, Lisa Cook, adiciona ruído ao cenário global.
A presidente do BCE, Christine Lagarde, alertou, na manhã desta segunda-feira (01), para o risco de comprometimento da independência do Fed.
Esse debate institucional amplia a percepção de instabilidade, favorecendo a busca por ativos mais seguros como o ouro.
Brasil: Selic, eleições e pressão no Real
No Brasil, a alta acumulada da bolsa converge com o movimento cambial. O real avançou mais de 3% em relação ao dólar no mês e pode engatar novos aumentos, à medida que o cenário inflacionário torna-se menos desafiador.
A incerteza fiscal e a manutenção da bandeira vermelha fase 2 na energia para o mês de setembro, por outro lado, reforçam a cautela dos investidores.
No câmbio, a perspectiva de corte da Selic no mês de dezembro e os primeiros passos para a disputa eleitoral em 2026 adicionam volatilidade, e podem pressionar o real diante do dólar.