Sexta-feira (22)

Dólar hoje: expectativas em torno de Powell movimentam os mercados

O dólar hoje opera em atenção ao simpósio de Jackson Hole, com foco no discurso de Jerome Powell. No Brasil, política e arrecadação ganham destaque.

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Dólar hoje
Na última quinta-feira (21), o dólar comercial fechou com variação de -0,2%, valendo R$5,4710, após ter começado o dia cotado a R$5,4831. | Crédito: Freepik

Na última quinta-feira (21), o dólar comercial fechou com variação de -0,2%, valendo R$5,4710, após ter começado o dia cotado a R$5,4831.

O dólar iniciou esta sexta-feira (22) cotado a R$5,4710.

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Agenda de hoje – sexta, 22 de agosto de 2025

Exterior

  • 11h00 – EUA – Discurso de Powell, presidente do Fed   

Brasil

  • 11h30 – BC: oferta de até R$ 35 mil contratos de swap cambial (US$ 1,75 bilhão), em rolagem

Desempenho das moedas na sessão anterior

Na última quinta (21), o dólar comercial (compra) fechou em queda de 0,2%, cotado a R$5,4780, após ter começado o dia cotado a R$5,4880.

O que influencia o dólar hoje?

O dólar hoje abre os negócios sob o impacto das expectativas em torno do simpósio de Jackson Hole, encontro que reúne as principais autoridades monetárias globais. A fala do presidente do Federal Reserve, Jerome Powell, será o ponto alto do evento e deve dar sinais sobre o rumo dos juros nos Estados Unidos.

No Brasil, o câmbio também sente os reflexos das discussões políticas em Brasília, como o avanço do projeto que amplia a faixa de isenção do Imposto de Renda. Além disso, dados de arrecadação reforçam o pano de fundo econômico.

Com esse conjunto de fatores, o investidor acompanha uma sexta-feira carregada de incertezas e potencial de volatilidade, em que cada fala ou decisão pode redefinir as expectativas para o dólar hoje e os próximos movimentos do mercado.

Simpósio de Jackson Hole: foco no discurso de Powell

A agenda desta sexta-feira (22) tem como destaque o simpósio anual de Jackson Hole, encontro que reúne economistas e investidores de diferentes países. O discurso de Jerome Powell, presidente do Federal Reserve, está previsto para às 11h, horário de Brasília.

A expectativa é que Powell traga novas pistas sobre os rumos da política monetária americana. Nos últimos dias, dirigentes do Fed reforçaram a necessidade de cautela, diante da combinação de desaceleração da atividade e pressões inflacionárias persistentes.

O mercado ajustou as apostas: a probabilidade de corte de juros em setembro caiu para 75,3%, ante82,4% no dia anterior, segundo o CME FedWatch. Os índices futuros dos EUA operam em alta nesta manhã, com atenção total às falas do dirigente.

Câmara aprova urgência para ampliar faixa de isenção do IR

A Câmara dos Deputados aprovou nesta quinta-feira (21), em votação simbólica, a urgência do projeto que amplia a isenção do Imposto de Renda para quem ganha até R$5 mil.

Com a urgência aprovada, o mérito pode ser analisado pelo plenário já na próxima semana. O relator do texto é o deputado Arthur Lira (PP-AL), ex-presidente da Casa.

A medida tem forte impacto político e fiscal, e sua tramitação será acompanhada de perto pelos mercados, que avaliam o efeito sobre as contas públicas.

Incertezas políticas e diplomáticas seguem no radar

Com a agenda de indicadores esvaziada, o cenário doméstico permanece dominado por fatores políticos e diplomáticos. O setor financeiro continua repercutindo os efeitos da aplicação da Lei Magnitsky contra bancos brasileiros.

As instituições enfrentam pressão dos Estados Unidos, que sancionaram o ministro do STF Alexandre de Moraes, enquanto o ministro Flávio Dino reagiu afirmando não reconhecer a aplicabilidade da medida no país.

Esse impasse reforça a percepção de risco político e adiciona volatilidade ao câmbio, mantendo o dólar hoje mais suscetível a movimentos externos.

Receita registra alta na arrecadação de IOF e apostas

A arrecadação do IOF somou R$6,55 bilhões em julho de 2025, alta real de 13% sobre o mesmo mês do ano passado. No acumulado do ano, já chega a R$43,5 bilhões, avanço de 9,4%.

Outro destaque foi a arrecadação com jogos de azar e apostas, que somou R$4,7 bilhões entre janeiro e julho. Apenas em julho, o valor foi de R$928 milhões, impulsionado pela regulamentação do setor.

A Receita estima que, até o fim do ano, o total pode dobrar, chegando a R$9 bilhões. A medida provisória que eleva a alíquota de 12% para 18% deve intensificar esse crescimento.