Na última terça-feira (19), o dólar comercial fechou com variação de 1,2%, valendo R$5,5040, após ter começado o dia cotado a R$5,4372.
O dólar iniciou esta quarta-feira (20) cotado a R$5,5040.
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Agenda de hoje – quarta, 20 de agosto de 2025
Exterior
- 03h00 – Alemanha – Índice de preços ao produtor (jul)
- 03h00 – Reino Unido – Índice de preços ao consumidor (jul)
- 06h00 – Zona do Euro – Índice de preços ao consumidor (jul)
- 11h30 – EUA – Estoques de petróleo bruto (semanal)
- 15h00 – EUA – Ata da reunião de política monetária
BRASIL
- 10h00 – CNI: Sondagem industrial (jul)
- 11h30 – BC: oferta de até 35 mil contratos de swap cambial (US$1,75 bilhão), em rolagem
- 14h30 – BC: Fluxo cambial (semanal)
Desempenho das moedas na sessão anterior
Na última terça (19), o dólar comercial (compra) fechou com alta de 1,2%, cotado a R$5,4990, após ter começado o dia cotado a R$5,4360.
O que influencia o dólar hoje?
O dólar hoje se mantém em foco, enquanto investidores aguardam a divulgação da ata do Federal Reserve, prevista para esta quarta-feira. O documento deve trazer pistas sobre os próximos passos da política monetária americana.
Além disso, o simpósio de Jackson Hole começa nesta semana e deve contar com falas decisivas do presidente do Fed, Jerome Powell, sobre inflação e juros. O mercado já trabalha com cortes graduais até o fim do ano.
O cenário internacional também segue carregado de tensões comerciais, com destaque para as medidas de Trump contra o Brasil e a nova estratégia dos EUA no setor de semicondutores. Fatores que podem impactar diretamente o câmbio e a confiança dos investidores.
Fed em destaque: ata e simpósio de Jackson Hole
O presidente do Federal Reserve, Jerome Powell, deve discursar no simpósio de Jackson Hole no fim da semana, mas as atenções já se voltam para a ata desta quarta-feira. O documento revelará o grau de divergência entre dirigentes sobre os rumos dos juros.
O Fed manteve a taxa entre 4,25% e 4,50% durante 2024. Parte dos membros defendeu cortes mais fortes, enquanto Powell alertou que as tarifas de Trump poderiam reacender pressões inflacionárias.
A divisão ficou explícita em julho, quando dois governadores votaram contra a maioria — fato raro desde 1993.
No mercado, a aposta predominante é de um corte de 25 pontos-base na próxima reunião, com espaço para outro até o fim do ano. O discurso de Powell na sexta-feira deve consolidar expectativas sobre o ritmo desse ajuste.
Bolsas americanas oscilam antes da ata
Os contratos futuros de ações nos EUA recuam nesta quarta-feira, em meio à espera pela ata do Fed e pelos balanços de grandes varejistas. Na véspera, o mercado fechou misto, refletindo cautela dos investidores.
O S&P 500 caiu 0,6%, o Nasdaq perdeu 1,5%, enquanto o Dow Jones subiu levemente. A volatilidade deve continuar, já que os agentes aguardam sinais mais claros sobre os próximos passos da política monetária.
O simpósio de Jackson Hole deve ser o ponto alto da semana, mas a leitura da ata nesta quarta pode redefinir apostas de curto prazo nos mercados globais.
EUA podem adquirir fatias em empresas de chips
O governo americano avalia adquirir participações em companhias de semicondutores que recebem subsídios da Lei CHIPS, segundo a Reuters. A medida garantiria a Washington influência direta em empresas estratégicas.
Entre as companhias em discussão estão Intel, Micron, TSMC e Samsung. Autoridades cogitam aportes que poderiam render fatias acionárias em troca de bilhões em subsídios. A Casa Branca já confirmou negociações com a Intel para uma participação de até 10%.
Em 2024, Washington destinou bilhões a empresas do setor. A iniciativa mostra uma guinada na política industrial, aproximando o Estado das decisões estratégicas em setores vitais à segurança nacional.
EUA contestam Brasil na OMC sobre tarifas
Os Estados Unidos aceitaram o pedido de consultas do Brasil na OMC, mas alegaram que parte das medidas questionadas envolve segurança nacional. Segundo Washington, as tarifas aplicadas se baseiam em leis de emergência assinadas por Trump.
A Casa Branca acusa o Brasil de práticas que afetam o comércio digital, serviços financeiros, propriedade intelectual e até meio ambiente. O Itamaraty rejeitou as alegações e defendeu que a OMC é o foro adequado para resolver a disputa.
O impasse amplia tensões comerciais entre os dois países e reforça o pano de fundo da guerra tarifária, em um momento já delicado para os mercados globais.