O Bitcoin atingiu nova máxima histórica nesta quinta-feira: US$ 124.002,49. Isto é, bateu recorde em meio a apostas de afrouxamento do Fed e impulso regulatório nos EUA. Sem dúvida, a alta ganhou força após a ordem executiva que orienta DoL e SEC a viabilizarem cripto em planos 401(k). Como resultado, a porta para fluxos institucionais se amplia.
A medida, assinada há uma semana (07), exige que as agências revisem regras e eliminem incertezas jurídicas para incluir ativos alternativos nas carteiras de aposentadoria. Além disso, o DoL revogou o comunicado de 2022 que desaconselhava cripto em 401(k), removendo assim um obstáculo para provedores e empregadores.
A leitura macroeconômica também impulsionou o mercado. Por um lado, as apostas em cortes de juros pelo Fed aumentaram após dados recentes. Por outro lado, o dólar enfraqueceu, sustentando ativos de risco. Como consequência, o BTC ultrapassou marcas psicológicas e puxou o mercado mais amplo para cima, com Ether chegando perto das máximas do ciclo.
No que diz respeito aos ETFs e ETPs, o fluxo permanece volátil, ainda assim a atividade continua elevada. Relatórios da CoinShares revelam recordes de volume em julho, bem como concentração de entradas nos EUA. Em contrapartida, a primeira semana de agosto registrou saída líquida após captação inicial, sinalizando realização em meio às notícias.
Acima de tudo, o rali atual une sinais regulatórios favoráveis e liquidez de veículos listados a um cenário macro mais benigno. A partir de agora, a discussão se volta para a sustentação acima de US$ 125 mil e para a implementação das regras nos 401(k).
O que isso muda para a carteira do investidor
Em primeiro lugar, o canal de demanda. A possibilidade de 401(k) incluírem cripto expande o funil de investidores qualificados e estende o horizonte de alocação. No entanto, a adoção efetiva dependerá do roteiro regulatório que DoL e SEC desenvolverem nos próximos meses.
Em segundo lugar, o papel dos ETFs. Sem dúvida, a liquidez e transparência dos ETFs/ETPs funcionam como ponte entre o investidor institucional e as criptomoedas. Apesar disso, os fluxos semanais oscilam conforme dados do Fed, preço e manchetes regulatórias. Em outras palavras, é como renda variável com esteroides, exigindo gestão de risco e foco no retorno total.
Por fim, o risco x retorno. Uma vez que o BTC está em patamar histórico, o mercado pode alternar entre aceleração e realizações. A fim de proteger seu investimento, diversifique, defina tamanho de posição e use regras de rebalanceamento. Além disso, monitore câmbio e juros constantemente. Para quem entra via ETFs, não apenas compare taxas e spreads, como também analise a política de criação e resgate antes de decidir.