Os ETFs ativos alcançaram US$ 1,48 trilhão em ativos no fim de junho de 2025. Este é um novo recorde histórico, segundo a ETFGI. Sem dúvida, o patamar supera o visto em maio e confirma a aceleração do segmento ao longo do ano.
Relatórios setoriais apontam crescimento robusto no semestre. Além disso, destacam forte participação de casas líderes. A imprensa especializada também ressalta que os ETFs ativos globais atingiram por volta de US$ 1,5 trilhão. Esse avanço ocorre com apoio de fluxos líquidos recordes no acumulado do ano.
Nos Estados Unidos, o recorte de equities mostra AUM de cerca de US$ 710 bilhões em ETFs ativos ao fim de julho. Nesse sentido, registraram-se entradas de US$ 23,2 bilhões no mês. O quadro soma-se à força em renda fixa, categoria que também puxou captações no primeiro semestre.
O motor do avanço é estrutural. Os ETFs oferecem precificação em tempo real, transparência e eficiências tributárias em mercados como o americano. Por outro lado, gestores e investidores citam a redução do custo total como diferencial frente a fundos tradicionais. Isto é, explica-se assim a adoção mais ampla dos veículos ativos.
A leitura macro também ajuda. Em ambiente de juros elevados e maior dispersão de resultados setoriais, cresce a busca por alfa com custos menores. Essa busca combina-se à fluidez de negociação para ajustes táticos de exposição. Como resultado, sustenta-se a expansão do cardápio e a presença de grandes gestoras entre os líderes de captação.
Por que avançam e como isso dialoga com a alocação tática do investidor brasileiro
Em primeiro lugar, custo e execução. ETFs ativos costumam cobrar taxas inferiores às de fundos tradicionais equivalentes. A liquidez intradiária permite calibrar risco e setores ao longo do pregão, algo útil quando a volatilidade aumenta. Por certo, o benefício é potencializado em mercados com eficiência tributária para a estrutura de criação e resgate.
Em segundo lugar, transparência e controle. A divulgação frequente de carteiras e a mensuração do tracking em plataformas públicas facilitam o acompanhamento do retorno total e dos risks. Para quem faz tática, isso ajuda a combinar um núcleo passivo de baixo custo com satélites ativos. Esses satélites focam em fatores, setores ou crédito.
Em terceiro lugar, aplicação prática. Em um portfólio brasileiro, a ideia é manter o core diversificado. Além disso, deve-se usar fatias táticas de ETFs ativos para capturar teses específicas de ações ou renda fixa globais. Compare taxa, histórico de alfa, metodologia, liquidez e moeda. Em outras palavras, escolha o veículo que entrega o objetivo ao menor custo total, com governança clara e liquidez suficiente.