Balanço

PagBank (PAGS34) entrega lucro de R$ 537 mi no 2T25; receita soma R$ 5,06 bi e CFO sinaliza mais retornos ao acionista

Receita e lucro acompanham expectativas do mercado, enquanto empresa fortalece estratégia de dividendos e recompras

PagSeguro (PAGS34)
Executivo do PagBank em apresentação de resultados do 2T25, destacando aumento de receita e estratégia de dividendos | Crédito: Divulgação

O PagBank (PAGS34), ex-PagSeguro, alcançou no segundo trimestre de 2025 um lucro líquido recorrente de R$ 537 milhões. Além disso, registrou receita líquida de R$ 5,06 bilhões. O resultado mantém o ritmo de crescimento anual, ainda que com leve desaceleração frente ao primeiro trimestre. A divulgação aconteceu após o fechamento do mercado na última quarta-feira (13), seguida por teleconferência com analistas no mesmo dia.

A margem se fortalece pelo avanço de serviços bancários e pela base ativa mais engajada. Ao mesmo tempo, a dinâmica de pagamentos permanece resiliente, e a carteira de crédito segue contribuindo para a margem financeira. Em contrapartida, a administração intensifica seu foco em eficiência e monetização do ecossistema, em linha com a estratégia adotada desde o início do ano.

Segundo executivos na teleconferência, existe flexibilidade para retornar capital por dividendos e recompras, para além do que já foi anunciado neste ano. A fim de reforçar essa estratégia, a empresa já havia estreado a distribuição de dividendos em maio, com pagamento de cerca de R$ 250 milhões. Além disso, sinalizou uma política anual de proventos próximos a 10% do lucro, sujeita às condições de mercado e aprovação do conselho.

No lado operacional, pagamentos e banco impulsionam o crescimento de receitas, tendência observada desde o 1T25. Não apenas o avanço do volume processado, mas também o maior uso de produtos financeiros e depósitos mais robustos permanecem no radar dos analistas. Tais fatores visam sustentar margens e ROE ao longo do semestre.

Para o investidor, o crescimento orgânico combinado com retorno de capital coloca a ação no centro do debate setorial. Sem dúvida, a companhia mantém programa de recompra em andamento e já realizou cancelamento de ações. Em outras palavras, essa estratégia se soma aos dividendos e tende a melhorar o retorno total ao acionista, desde que os fundamentos operacionais permaneçam sólidos.

Perspectivas e reação do mercado

A leitura inicial do mercado avalia principalmente três pontos: trajetória de receita e margens, ritmo de provisões e crédito e alocação de capital. Com a manutenção do crescimento e a sinalização de retornos, a tese se ancora em geração de caixa recorrente. Acima de tudo, a disciplina na expansão do crédito pode reduzir a volatilidade do papel em choques macro.

Em termos de política de capital, a diretriz anunciada no 1T25 continua valendo, com pagamento inaugural de dividendos e espaço para recompras adicionais. Por isso, a depender das condições de mercado e do avanço do lucro, novas distribuições podem reforçar o “yield total” do acionista.

Por fim, o acompanhamento dos guidances e das próximas comunicações da companhia será decisivo. Nesse sentido, a página de RI confirma o calendário do 2T25 e centraliza as atualizações oficiais, incluindo o webcast e os materiais de resultados. Estes documentos, por sua vez, tendem a detalhar performance por unidade de negócios e eventuais ajustes nas metas.