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Petz (PETZ3) expande planos de saúde pet: piloto vira 43 lojas e vendas online começam em 18 de agosto

Modelo verticalizado usa rede própria de clínicas e hospitais; foco inicial em SP mira fidelização e maior ocupação da estrutura veterinária

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Petz (PETZ3)
Petz amplia oferta de planos de saúde para pets em São Paulo, utilizando modelo verticalizado com atendimento em rede própria de clínicas e hospitais | Crédito: Reprodução

A Petz (PETZ3) ampliou a aposta em planos de saúde para animais. O piloto iniciado em abril já evoluiu. Agora, o produto é vendido em 43 lojas. As vendas online começarão em 18 de agosto. Essa estratégia visa fidelizar clientes e alavancar a rede de serviços veterinários da companhia.

A expansão ocorre gradualmente. A princípio, começa pelas unidades de São Paulo, onde a Petz concentra clínicas e hospitais próprios. Dessa forma, a empresa privilegia um modelo verticalizado: os atendimentos acontecem dentro da própria estrutura, e não via credenciados externos.

De acordo com a diretora financeira Aline Penna, o próximo passo é o digital, dado o potencial de escalabilidade. A executiva revelou que os planos custarão entre R$ 200 e R$ 300 por mês, a depender do perfil do animal. Em outras palavras, a oferta proporciona acesso mais simples e previsível a cuidados veterinários.

A nova frente se soma a iniciativas de fidelização já existentes, como o programa Clubz. Segundo Penna, o plano tende a elevar tíquete médio e recorrência. Isso ocorre porque, uma vez que o tutor adere, ele centraliza o consumo de serviços e produtos na plataforma da Petz, com o intuito de aproveitar a conveniência do ecossistema.

No pano de fundo competitivo, a Petz entra no carro-chefe de rivais e usa a infraestrutura Seres, a bandeira de clínicas e hospitais do grupo, como diferencial de execução e experiência. Por fim, a companhia enxerga o segmento como oportunidade estratégica para reforçar rentabilidade e vínculo com o cliente.

O que muda para a Petz e para o investidor

Para a companhia, o plano ajuda a ocupar capacidade de clínicas e hospitais. Isso dilui custos da operação e aumenta o retorno sobre a rede existente. Esse é, sem dúvida, o racional por trás do modelo verticalizado. Logo após a entrada do canal online, a métrica-chave será adesão.

Para o negócio, o foco inicial em SP reduz risco de execução e facilita padronização de serviço antes de passos maiores. Ainda assim, é preciso atenção à precificação e experiência do tutor (tempo de atendimento, cobertura e reembolso inexistente por ser rede própria), a fim de sustentar satisfação e churn baixo.

Para o investidor, a tese combina não apenas recorrência (assinaturas), mas também cross-sell e engajamento no ecossistema, com gatilho de curto prazo na virada do e-commerce em 18/08. Em síntese, o sucesso dependerá do ramp-up digital e da ocupação da Seres, pontos que o mercado deve monitorar nas próximas prévias operacionais.