Balanço

B3 (B3SA3) avança no 2T25 com lucro recorrente de R$ 1,278 bi e receita de R$ 2,7 bi

Resultado mostra alta no lucro e leve expansão de receita; Ebitda recorrente recua ano a ano, mas melhora no trimestre

B3 (B3SA3)
Com receita de R$ 2,7 bilhões e Ebitda de R$ 1,72 bilhão, bolsa brasileira demonstra resiliência em cenário de juros altos e volatilidade no mercado | Crédito: Divulgação

A B3 (B3SA3) registrou lucro líquido recorrente de R$ 1,278 bilhão no 2T25. Isso representa alta de 4,2% na comparação anual e de 13,3% frente ao trimestre anterior. O lucro por ação atingiu R$ 0,25, um aumento de 13,4% em relação ao mesmo período do ano passado.

Além disso, a receita total alcançou R$ 2,7 bilhões (+0,7% a/a; +3,3% t/t). No entanto, o Ebitda recorrente chegou a R$ 1,72 bilhão, com queda de 2,7% na comparação anual, mas apresentou melhora de 3,7% em relação ao trimestre anterior.

A dinâmica operacional permaneceu positiva em renda fixa e crédito. Houve aumento nas emissões e no estoque em custódia. Ao mesmo tempo, o ADTV do mercado à vista em renda variável cresceu 9,2% a/a, chegando a R$ 26,1 bilhões.

Por outro lado, a despesa total subiu 15,8% a/a. Esse aumento reflete o calendário de projetos, incentivos a produtos e atualização de provisões, o que acabou limitando as margens.

No financeiro, a administração destacou um resultado financeiro positivo. Juntamente com isso, houve captura de benefício fiscal de R$ 40,7 milhões relacionado à amortização de ágios das aquisições de Neoway e Neurotech, iniciada em abril. Este vetor deve continuar contribuindo nos próximos anos.

De acordo com a diretoria, a diversificação de receitas e o foco em fortalecer o core de negócios sustentaram o desempenho em meio a juros elevados e volatilidade. Em virtude disso, a estratégia mira na ampliação de linhas adjacentes e inovação para reduzir a sensibilidade ao ciclo de ações.

A leitura do sell side foi mista: BTG Pactual viu números acima do esperado e manteve compra (alvo R$ 15). Em contrapartida, a XP classificou o balanço como neutro. Já o Itaú BBA segue com recomendação outperform. Ainda assim, a avaliação comum é de resiliência, com diversificação compensando a recuperação gradual do ADTV.