Balanço

Suzano (SUZB3) reverte prejuízo, lucro ajustado cresce 43% e capex revisado por permuta com Eldorado

Receita avança 16%, Ebitda recua 3%, e capex para 2025 sobe para R$ 13,3 bilhões com acordo de madeira

Suzano (SUZB3)
Empresa de papel e celulose investe em permuta estratégica com Eldorado Brasil para otimizar recursos e fortalecer ciclo produtivo em Mato Grosso do Sul | Crédito: Divulgação

A Suzano (SUZB3) registrou no segundo trimestre de 2025 um lucro líquido de R$ 5,01 bilhões. A empresa reverteu o prejuízo de R$ 3,77 bilhões do mesmo período de 2024. Além disso, superou a estimativa média dos analistas de R$ 3,97 bilhões. O lucro ajustado alcançou R$ 1,47 bilhão, com alta de 43% em relação ao ano anterior. Esse resultado evidencia, sem dúvida, uma melhora operacional e financeira significativa.

A receita líquida cresceu 16%, chegando a R$ 13,3 bilhões, sustentada pelo forte desempenho nas vendas de celulose. No entanto, o EBITDA ajustado caiu 3%, atingindo R$ 6,09 bilhões. Ainda assim, ficou acima das expectativas, apesar da pressão dos efeitos tarifários dos EUA e da queda nos preços da commodity.

A empresa revisou sua projeção de investimentos (capex) para R$ 13,3 bilhões em 2025. A princípio, a estimativa era de R$ 12,4 bilhões. Essa revisão reflete o contrato de permuta de ativo biológico com a Eldorado Brasil, já aprovado pelo Cade. Em outras palavras, o acordo consiste na troca de madeira em pé oriunda de áreas de eucalipto em Mato Grosso do Sul. Como resultado, a Suzano terá acesso a insumos de maior qualidade e conseguirá maior eficiência operacional.

O que os dados do balanço da Suzano mostram para investidores?

Apesar da redução no EBITDA, a forte reversão do prejuízo e o crescimento robusto da receita indicam que a Suzano retomou a geração de lucro de forma sustentável. O reajuste na projeção de capex, embora implique maior investimento, se apoia em estruturação estratégica vantajosa. Além disso, foi aprovado por autoridades regulatórias — o que pode, a longo prazo, fortalecer o ciclo produtivo e reduzir custos.

O acordo com a Eldorado reforça a racionalização de recursos e sustentabilidade. Em primeiro lugar, minimiza riscos. Depois, otimiza a logística e qualidade dos insumos. Em conclusão, a manutenção do lucro ajustado, juntamente com a disciplina financeira, permite projetar desalavancagem e geração de caixa mais consistente nos trimestres seguintes.