A Embraer (EMBR3) divulgou um fato relevante nesta terça-feira (5). Nele, a empresa comunica a correção de um erro contábil que transformou o resultado ajustado do segundo trimestre de 2025. De fato, o prejuízo líquido ajustado originalmente divulgado de R$ 53,4 milhões converteu-se em lucro líquido ajustado de R$ 675 milhões. Isso ocorreu devido à reapresentação das linhas de Imposto de Renda e Contribuição Social Diferidos. Além disso, todos os documentos emitidos já foram devidamente atualizados.
Mesmo com esse ajuste, o desempenho operacional segue sólido. Em primeiro lugar, o EBITDA ajustado subiu para R$ 1,39 bilhão, ante R$ 995,5 milhões um ano antes. Além disso, a margem EBITDA ajustada alcançou 13,5%, superando levemente os 12,7% do 2T24. Por outro lado, o EBIT ajustado registrou R$ 1,08 bilhão, com margem de 10,6%. Sem dúvida, a receita líquida impressionou ao atingir R$ 10,3 bilhões, em comparação com R$ 7,8 bilhões no segundo trimestre de 2024.
Antes da correção, a empresa atribuiu o prejuízo a um efeito extraordinário de impostos diferidos acumulados. Tais efeitos não afetam o caixa, porém impactam o resultado contábil. Com a revisão, a Embraer restabelece a percepção de lucratividade recorrente para os investidores.
Como resultado, a ação repercutiu positivamente no mercado: os papéis da Embraer subiram cerca de 2% na B3. Essa alta reflete a confiança na transparência da empresa e, acima de tudo, a recuperação da confiança institucional.
Notícias Relacionadas
A reapresentação não alterou outros indicadores operacionais ou financeiros. A fim de esclarecer, a companhia reafirmou que os números originais divulgados no ITR estavam corretos e não sofrem ajustes além da linha tributária.
Perspectivas para a EMBR3
O ajuste contábil reconstrói a narrativa de recuperação da Embraer no 2T25. Assim sendo, o lucro líquido ajustado robusto e os indicadores operacionais consistentes ganham destaque. Isso reforça a percepção de que o prejuízo previamente relatado era meramente técnico e não um reflexo de deterioração do desempenho da companhia.
Do ponto de vista do investidor, os dados agora fornecem suporte à tese de retomada de rentabilidade após momentos de volatilidade e pressão cambial. Em outras palavras, a combinação de ganhos em margens — tanto no EBITDA quanto no EBIT — com backlog fortalecido e entregas deve sustentar a credibilidade da estratégia operacional no segundo semestre.
Embora o erro inicialmente divulgado tenha causado ruído temporário, a rápida correção e a divulgação transparente tendem a ser bem recebidas pelo mercado. Por fim, a solidez ajustada reforça a Embraer como alternativa resiliente em portfólios com foco em infraestrutura e tecnologia aeronáutica.
