O dólar hoje, quarta-feira (6), abriu cotado a R$5,5075. Em virtude de flutuações recentes, a moeda americana mantém-se sob observação constante dos investidores.
Na última terça-feira (05), o dólar comercial fechou com variação de 0,2%, valendo R$5,5075, após ter começado o dia cotado a R$5,4984. Essa estabilidade relativa ocorre em meio a tensões comerciais crescentes.
Acompanhe nossa análise diária a fim de entender os principais movimentos do mercado.
Agenda de hoje – quarta, 06 de agosto de 2025
Exterior
- 01h30 – Índia – Decisão de política monetária
- 03h00 – Alemanha – Encomendas à indústria (jun)
- 06h00 – Zona do Euro – Vendas no varejo (jun)
Brasil
- 14h30 – BC: Fluxo cambial (semanal)
- 14h30 – BC: IC-Br (jul)
- 15h00 – Secex: Balança comercial (jul)
Desempenho das moedas na sessão anterior
Na última terça (05), o dólar comercial (compra) fechou em relativa estabilidade, cotado a R$5,5330, depois que iniciou o dia a R$5,5060. Isso ocorreu apesar de pressões externas significativas.
O que influencia o dólar hoje?
O dólar hoje recua frente a moedas fortes. Sem dúvida, isso reflete apostas de cortes de juros nos Estados Unidos e cautela diante do cenário global.
Os mercados acompanham a aplicação das tarifas de 50% dos EUA sobre produtos brasileiros. Além disso, observam as reações do setor privado. A medida agrava o clima diplomático e, como resultado, pode gerar impacto nas exportações.
No Brasil, os investidores aguardam dados da balança comercial. Ao mesmo tempo, monitoram o desempenho do dólar frente ao real. Por outro lado, as expectativas de estímulo monetário nos EUA também influenciam a cotação.
Continue a leitura a fim de entender como os desdobramentos externos e internos afetam o comportamento do dólar nesta quarta-feira.
EUA iniciam cobrança de tarifa de 50% sobre produtos do Brasil
A partir desta quarta-feira (6), entra em vigor a nova tarifa dos EUA contra as importações brasileiras. A alíquota alcança 50%, sendo 10% da taxa base e 40% adicionais. Esta medida representa uma mudança significativa nas relações comerciais entre os países.
694 produtos foram poupados da sobretaxa, como suco de laranja e peças de avião, mantendo apenas a cobrança original. Esses itens representaram 43% das exportações brasileiras aos EUA em 2024, o que indica uma proteção parcial importante.
A medida foi justificada por supostas barreiras impostas pelo Brasil. Além disso, críticas políticas internas ao STF e às plataformas de mídia social motivaram a decisão americana.
Bolsas sobem nos EUA após ajustes nas tarifas e balanços positivos
Os índices futuros dos EUA avançam nesta manhã. O Dow Jones sobe 0,5%, S&P 500 +0,5% e Nasdaq +0,3%, revertendo assim as perdas da véspera.
Empresas como Yum! Brands e Caterpillar alertaram sobre os impactos negativos das tarifas. Ainda assim, mais de 80% das companhias superaram expectativas no 2º trimestre, demonstrando resiliência corporativa.
O mercado ainda digere os efeitos das medidas protecionistas sobre os lucros. Não apenas isso, mas também avalia o ritmo da economia americana frente às novas políticas comerciais.
Além disso, o dólar opera em queda no mercado internacional, refletindo a expectativa de corte de juros pelo Fed. O índice DXY, que mede o desempenho do dólar em relação a uma cesta de moedas fortes, opera em queda, na faixa de 98 pontos, sinalizando um enfraquecimento global da moeda americana.
Petróleo sobe com ameaças dos EUA, mas recuperação ainda é frágil
Os preços do petróleo operam em alta, com o Brent cotado a US$68,72 (+1,60%) e o WTI a US$66,25 (+1,67%). A recuperação é puxada por riscos geopolíticos crescentes e volatilidade nos mercados internacionais.
Trump voltou a ameaçar tarifas contra Índia e China. Por causa disso, a oferta global sofre pressão e as incertezas sobre o mercado de energia aumentam significativamente.
Apesar disso, a Opep+ segue com planos de aumento da produção em setembro. Em contrapartida, dados fracos da economia global também limitam a valorização do petróleo, criando um cenário misto para os investidores.
Balança comercial do Brasil é destaque da agenda local
O mercado local aguarda a divulgação da balança comercial referente a julho. A expectativa é de superávit de US$5,60 bilhões, levemente abaixo dos US$5,89 bilhões de junho, porém ainda indicando força comercial.
O resultado pode reforçar o bom desempenho das exportações. Isso ocorre mesmo com as incertezas geradas pelo novo pacote tarifário dos EUA, demonstrando a resiliência do setor exportador brasileiro.
O saldo comercial segue sendo um ponto de apoio para o real em meio à pressão vinda do exterior. Em suma, esse indicador continua fundamental para a estabilidade cambial do país.