A Amazon (AMZO34) registrou lucro por ação de US$ 1,68 no segundo trimestre fiscal de 2025, superando os US$ 1,33 esperados pelo mercado. Além disso, a receita cresceu 13% ano a ano, alcançando US$ 167,7 bilhões, acima das previsões de US$ 162 bilhões. A empresa agora projeta receita entre US$ 174 bilhões e US$ 179,5 bilhões para o terceiro trimestre, também superando a expectativa média de US$ 173,1 bilhões.
O segmento de e-commerce cresceu significativamente devido a aquisições estratégicas frente às tensões tarifárias. Por outro lado, a divisão de Amazon Web Services (AWS) expandiu 17,5%, atingindo US$ 30,9 bilhões, porém com margem de lucro reduzida para 32,9%.
Apesar dos resultados positivos, as ações da Amazon (AMZO34) caíram aproximadamente 7% a 8% no pregão after-hours. Isso ocorreu porque os investidores questionaram a margem da AWS e a projeção conservadora de lucro operacional para o próximo trimestre — estimada entre US$ 15,5 bi e US$ 20,5 bi, abaixo do consenso de US$ 19,5 bi.
O CEO Andy Jassy enfatizou que os resultados demonstram a resiliência tanto do varejo quanto da AWS. No entanto, ele reconheceu que os investimentos em inteligência artificial e logística continuam pressionando a lucratividade. A fim de mitigar impactos de tarifas americanas, a empresa antecipou importações de estoque. Além disso, ele destacou o potencial do projeto Kuiper, concorrente do Starlink, bem como os avanços do assistente Alexa+ AI.
Perspectivas futuras da Amazon (AMZO34)
O guia otimista para o terceiro trimestre — com receita projetada entre US$ 174 bi e US$ 179,5 bi — indica que a Amazon (AMZO34) pretende continuar capitalizando a demanda em e-commerce e serviços de infraestrutura. Em contrapartida, a orientação mais conservadora para o lucro operacional sugere cautela diante dos custos crescentes e da intensa competição no setor de nuvem.
A desaceleração na margem da AWS representa um risco para a tese de investimento, especialmente se a empresa não conseguir recuperar participação no mercado de cloud e IA frente a concorrentes mais agressivos como Microsoft e Alphabet. Nesse sentido, a expansão do Kuiper e a monetização do Alexa+ são consideradas apostas estratégicas para compensar essas pressões.
Para os investidores, o desempenho reforça o valor da exposição em plataformas de tecnologia e logística integrada, mas exige, sem dúvida, atenção redobrada à rentabilidade operacional. Por fim, Fundos e ETFs de tecnologia devem refletir essa tendência com maior seletividade dentro do setor.