Na última segunda-feira (28), o dólar comercial fechou com variação de +0,5%, atingindo R$5,5888. O dia começou com a moeda cotada a R$5,5642.
Nesta terça-feira (29), o dólar iniciou o dia cotado a R$5,5888.
Acompanhe nossa análise diária a seguir.
🏦Confira a cotação do dólar em tempo real
Agenda de hoje – terça, 29 de julho de 2025
Exterior
- 04h00 – Espanha divulga PIB preliminar (2º tri)
- 11h00 – EUA apresentam Relatório JOLTs (jun)
- 11h00 – EUA revelam índice de Confiança do consumidor (jul)
- 19h00 – Chile anuncia Decisão de política monetária
Brasil
- 08h00 – FGV publica Sondagem da indústria (jul)
- 10h30 – BCB realiza Leilão de linha de até US$1 bilhão, em rolagem
- Após o fechamento – Petrobras divulga Relatório de produção (2º tri)
Desempenho das moedas na sessão anterior
Na última segunda (28), o dólar comercial (compra) valorizou 0,5%, fechando a R$5,5810. A moeda americana iniciou o dia cotada a R$5,5900.
O que influencia o dólar hoje?
O dólar chega fortalecido hoje diante de uma agenda intensa nos EUA. Sem dúvida, os dados do JOLTS e da confiança do consumidor prometem sinais importantes sobre o mercado de trabalho e inflação.
Apesar da pressão, a postura do Fed deve seguir cautelosa até que existam sinais claros dos efeitos econômicos da política tarifária de Trump. Como resultado, o dólar tem ganhado espaço nos últimos dias.
O real, por sua vez, segue vulnerável, pressionado pelas tarifas dos EUA ao Brasil, ainda sem acordos. Em virtude disso, empresas e operadores acompanham de perto os desdobramentos.
Continue lendo para entender como esses fatores impactam o câmbio e suas implicações no cenário local e internacional.
Indicadores nos EUA reforçam expectativa sobre o Fed
O mercado aguarda hoje o relatório JOLTs de junho e a confiança do consumidor medido pelo Conference Board. Em primeiro lugar, o JOLTs deve mostrar recuo nas vagas abertas para 7,510 milhões, sinalizando possível desaquecimento no mercado de trabalho.
Em segundo lugar, a confiança do consumidor pode subir para 95,9 pontos, refletindo otimismo moderado. Assim sendo, ambos os indicadores são monitorados de perto por analistas em busca de sinais sobre a política monetária.
Com a decisão do Fed marcada para amanhã, os dados podem influenciar as apostas do mercado sobre os próximos passos da autoridade monetária.
Mercados em alta com resultados corporativos e alívio nas tensões
As bolsas operam em alta em Nova York e na Europa, impulsionadas por balanços corporativos acima das projeções. Por certo, o sentimento de mercado é positivo, apesar da cautela com os juros.
A trégua parcial nas disputas comerciais entre EUA e China contribui para o apetite por risco. Ao mesmo tempo, investidores ajustam carteiras diante do novo ambiente regulatório.
Na Europa, dados econômicos da Espanha surpreenderam positivamente, sustentando o bom desempenho das bolsas na região.
EUA e China discutem prorrogação da trégua tarifária
Os rendimentos dos Treasuries recuam nesta terça-feira com a cautela dos investidores, à medida que cresce a aversão ao risco antes da reunião do Fed.
O dólar hoje se valoriza frente a pares principais e emergentes. Isso ocorre impulsionado por fluxos em busca de segurança e liquidez.
Apesar da pressão política por corte nos juros, o Fed deve manter a taxa básica inalterada. Acima de tudo, o discurso de Powell será determinante para o rumo do câmbio nos próximos dias.
EUA devem aplicar nova tarifa de 50% sobre produtos brasileiros
A tensão comercial entre Brasil e Estados Unidos ganhou força com o anúncio de nova tarifa de 50% sobre produtos brasileiros.
Ainda sem acordo, o risco para exportadores aumenta. Principalmente nos setores mais sensíveis, como agroindústria e manufaturados.
A medida amplia a incerteza e pressiona o real. Isso acontece num momento em que parte das empresas brasileiras ainda lida com histórico de dificuldades no financiamento externo.
Além disso, o Tesouro realiza leilões de linha cambial e títulos públicos, o que também pode trazer alguma volatilidade pontual ao mercado de câmbio.
Governo brasileiro atua para conter impacto da tarifa
Autoridades brasileiras intensificaram as negociações com Washington. O objetivo é tentar barrar ou mitigar os impactos da tarifa.
O vice-presidente Geraldo Alckmin e o ministro da Fazenda Fernando Haddad lideram as tratativas. Dessa forma, focam em setores estratégicos da economia nacional.
Nos bastidores, membros do Congresso dos EUA e da Câmara de Comércio americana também buscam uma solução negociada. A fim de que o diálogo entre os dois países seja destravado.