Commodities

Minério de ferro recua e pressiona ações de mineradoras no exterior

Commodity registra queda após cinco semanas de alta, impactando ações de gigantes do setor na Europa

Minério de ferro
Minério de ferro em queda após cinco semanas de alta preocupa mercado global e pressiona ações de mineradoras na Europa | Crédito: SpaceMoney

Os contratos futuros do minério de ferro voltaram a cair nesta segunda-feira (28), após cinco semanas consecutivas de alta. Em virtude disso, as ações de grandes mineradoras listadas na Europa sofrem pressão. O movimento reflete, acima de tudo, preocupações com o excesso de oferta e a demanda enfraquecida, especialmente na China, principal consumidora global da commodity.

O preço do minério de ferro com 62% de pureza, referência no mercado, foi cotado a US$ 97,84 por tonelada na última sexta-feira (25). Sem dúvida, isso representa uma queda de 9,54% em relação ao mesmo período do ano anterior. Especialistas do BTG Pactual alertam, por sua vez, para a possibilidade de o preço cair abaixo de US$ 90 por tonelada até o final de 2025. Tal queda deve-se ao aumento da oferta e à baixa recuperação do setor de construção na China.

Além disso, na Europa, as ações de grandes mineradoras sentiram os efeitos da queda da commodity. A Rio Tinto (LSE: RIO) recuou 1,35% logo após cortar projeções de produção. A Anglo American (LSE: AAL) e a Glencore (LSE: GLEN) também registraram quedas de 2,60% e 2,29%, respectivamente, pressionando assim o índice FTSE 100 em Londres.

Impactos na China e mundo

A desaceleração da demanda chinesa por aço, especialmente no setor imobiliário, tem sido um fator crucial para a queda dos preços. Em contrapartida, consultorias como a Wood Mackenzie e o UBS preveem que os preços da commodity devem se manter em torno de US$ 100 por tonelada em 2025. Por outro lado, existe a possibilidade de recuo para US$ 95 em 2026 e US$ 90 em 2027.

Por fim, o aumento da produção global, com novos projetos na Austrália, África Ocidental e Brasil, contribui para o cenário de superávit no mercado de minério de ferro. O projeto Simandou, na Guiné, por exemplo, deve iniciar embarques em novembro, adicionando assim mais pressão sobre os preços.

Para os investidores, o cenário atual exige cautela. A queda nos preços impacta diretamente os lucros das mineradoras, afetando suas ações. Empresas como a Vale (BVMF: VALE3) já registraram redução nos lucros em virtude da desvalorização da commodity.

🧩 O minério afunda, o mercado sacode e sua renda pode seguir estável. Entenda como usar ETFs para proteger sua carteira e gerar renda mensal.

Queda do minério de ferro: que isso significa?

A recente queda nos preços do minério de ferro indica uma mudança nas expectativas do mercado em relação à demanda global, especialmente da China. É importante entender que, sem dúvida, commodities como o minério de ferro são altamente sensíveis a fatores macroeconômicos e geopolíticos.

A desvalorização da commodity pode afetar negativamente as ações de empresas mineradoras, reduzindo seus lucros e, como resultado, o valor de mercado. Isso significa que investidores com posições em ações de mineradoras devem estar atentos não apenas às tendências do mercado global, mas também às projeções de demanda.

Por outro lado, a queda nos preços pode representar oportunidades de compra para investidores que acreditam na recuperação do setor a longo prazo. É essencial, no entanto, realizar uma análise cuidadosa e considerar a diversificação da carteira a fim de mitigar riscos associados à volatilidade das commodities.

🧠 Commodities são voláteis. ETFs podem ser previsíveis. Compare e veja por que tantos investidores estão trocando riscos por estabilidade.