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Como escolher o melhor ETF para a minha carteira?

Veja quais dados são importantes para analisar, quando estão supervalorizados ou subvalorizados para escolher o melhor ativo para lucros

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Como escolher o melhor ETF para a sua carteira / Super ETF
Entenda quais fatores considerar na escolha de ETFs para montar uma carteira diversificada e alinhada com seus objetivos financeiros | Crédito: SpaceMoney

Investir em Exchange Traded Funds (ETFs) tem se tornado cada vez mais popular entre investidores de todos os perfis. Esses fundos negociados em bolsa permitem diversificar a carteira de forma prática, comprando em uma única aplicação uma cesta de ativos que replica um índice de mercado.

Mas com tantas opções disponíveis, como identificar o melhor ETF para seus objetivos? Pensando nisso, confira um guia completo para te ajudar a decidir. Aqui, vamos entender os principais critérios – como taxas, tracking error e liquidez – e se eles estão acima, abaixo ou em valores justos para bons ETFs.

ETF alinhado aos seus objetivos

Antes de analisar números e indicadores, é fundamental escolher um ETF que faça sentido para seus objetivos financeiros e apetite a risco. Os ETFs podem oferecer exposição a diversos mercados e classes de ativos – ações, renda fixa, imóveis, commodities, mercados internacionais etc.

Portanto, reflita sobre o tipo de exposição que você deseja. Existem ETFs de setores (tecnologia, financeiro, commodities) e de índices amplos (como Ibovespa ou S&P 500). Escolha um índice que esteja alinhado à sua estratégia. Por exemplo, se você quer exposição global, procure um ETF internacional que siga o Nasdaq ou o S&P 500. Já se prefere o mercado local, ETFs que replicam o Ibovespa podem ser mais adequados.

Além disso, existem ETFs de renda variável e renda fixa. ETFs de ações tendem a oscilar mais (maior risco) enquanto ETFs de renda fixa ou títulos podem ser mais estáveis. Defina o que combina com seu perfil de risco.

Por fim, alguns ETFs focam em mercados específicos (EUA, Europa, ou mercados emergentes) enquanto outros são globais. Verifique se o fundo proporciona a diversificação desejada para diluir riscos específicos.

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Análise do índice de referência e a composição

Depois de entender seu objetivo, é essencial examinar com atenção qual índice o ETF replica e sua composição de ativos. Analise as principais empresas ou títulos que compõem o fundo e verifique se ele oferece diversificação interna adequada.

Lembre-se que ETFs com poucos ativos apresentam maior risco específico, enquanto fundos de índices amplos distribuem melhor o risco entre dezenas ou centenas de papéis. Também é importante entender a metodologia do índice (ponderação por valor de mercado ou equal-weight) e o tipo de replicação utilizada (física ou sintética).

O método de replicação do ETF merece atenção especial. Na replicação física, o fundo compra diretamente os ativos na mesma proporção do índice, oferecendo maior transparência. Já na sintética, utilizam-se derivativos (swaps) para espelhar o desempenho, o que introduz o risco de contraparte. Para investidores iniciantes, é geralmente recomendável optar por ETFs de replicação física, pois são mais transparentes e diretos.

Por fim, não deixe de verificar o tamanho do fundo (AUM). ETFs com patrimônio reduzido podem enfrentar problemas de liquidez e até risco de encerramento por inviabilidade econômica. É recomendado evitar fundos com menos de 100 milhões em patrimônio.

Após analisar todos esses aspectos, confirme se o ETF realmente entrega a exposição desejada e consulte o prospecto ou fato relevante no site oficial do fundo para compreender detalhes como objetivo, composição e riscos específicos.

Taxas de administração e o custo do ETF

Um dos maiores atrativos dos ETFs é seu baixo custo comparado a fundos tradicionais. As taxas de administração variam entre diferentes ETFs e impactam diretamente seu retorno ao longo do tempo. ETFs com taxas abaixo de 0,20% ao ano são considerados baratos, enquanto taxas acima de 1% já são elevadas para fundos passivos.

A taxa de administração anual é cobrada sobre o patrimônio do fundo e descontada automaticamente. Quanto menor esta taxa, melhor para o investidor, pois menos rentabilidade será consumida. No mercado brasileiro, taxas entre 0,3% e 0,7% são comuns, mas sempre vale comparar produtos similares e optar pelo mais barato.

Mesmo pequenas diferenças de custos fazem grande diferença no longo prazo devido aos juros compostos. Por exemplo, em um investimento de R$10 mil, uma taxa de 0,20% representa apenas R$20 anuais, enquanto 1% significa R$100 por ano. Esta diferença pode representar milhares de reais a menos em seu patrimônio futuro.

Além da taxa de administração, verifique se existem outros custos como taxa de performance (rara em ETFs passivos) ou custos de corretagem. É fundamental comparar o TER (Total Expense Ratio) entre ETFs similares. Quando dois fundos têm propostas semelhantes, o de menor taxa deve ser preferido, pois deixará mais rendimento bruto e favorecerá um menor descolamento do índice de referência.

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Verifique o tracking error e a aderência ao índice

Os dois principais indicadores para avaliar a qualidade de um ETF são o tracking error e o tracking difference. Ambos medem a eficiência com que o fundo segue seu índice de referência, mas de formas diferentes.

Em primeiro lugar, o tracking error mede a volatilidade do desvio entre o ETF e o índice, indicando a consistência da replicação. Quanto menor este valor, melhor — idealmente abaixo de 0,5% ao ano, como o BOVX11 que apresentou apenas 0,04% entre 2021-2022. Já valores acima de 1% indicam problemas significativos na gestão do fundo.

Em segundo lugar, o tracking difference representa a diferença entre o retorno acumulado do ETF e do índice em determinado período. Por exemplo, se o índice subiu 10% e o ETF 9%, a tracking difference é de -1%. Este indicador mostra o desvio médio, enquanto o tracking error foca na volatilidade. Um ETF eficiente deve apresentar uma tracking difference próxima à sua taxa de administração — se cobra 0,3% a.a., espera-se um desempenho aproximadamente 0,3-0,4 pontos percentuais abaixo do índice.

É importante entender que o tracking difference raramente será zero, pois sempre haverá custos operacionais. No entanto, diferenças muito acima da taxa de administração sugerem ineficiência na gestão ou estrutura inadequada do fundo. Um ETF bem administrado deve conseguir entregar resultados muito próximos ao índice, descontados apenas seus custos inevitáveis.

Por isso, analise o histórico de desempenho do ETF comparado ao índice nos relatórios da gestora ou sites financeiros. ETFs de gestão passiva bem administrados apresentam tracking differences pequenas e correlação próxima de 1 com o benchmark. Priorize fundos com histórico comprovado de alta aderência ao índice — isso garante que você realmente obterá a exposição desejada ao mercado, sem desvios inesperados que comprometam sua estratégia.

Avalie a liquidez, volume e spread

Ao escolher um ETF, a liquidez é um fator essencial que impacta diretamente seus custos e facilidade de negociação. ETFs mais líquidos, com alto volume diário de negociação, permitem comprar e vender rapidamente sem influenciar o preço de mercado. Já os fundos com baixa liquidez podem dificultar transações no momento desejado, gerando custos extras por esperas ou execuções parciais.

O número de cotistas e patrimônio são bons indicadores de liquidez. ETFs maiores geralmente atraem mais participantes e market makers, proporcionando melhor ambiente de negociação. Evite fundos muito pequenos, que além de menor liquidez, correm risco de encerramento quando não atingem escala econômica mínima.

O bid-ask spread representa um custo implícito importante — é a diferença entre preços de compra e venda. Quanto menor esse spread, menos você perde ao entrar ou sair do investimento. Em ETFs líquidos, esse valor pode ser inferior a 0,1%, enquanto em fundos menos negociados pode ultrapassar 1%. A liquidez dos ativos subjacentes também influencia, pois ETFs que investem em ativos de fácil negociação tendem a ter arbitragem mais eficiente.

Para avaliar esses indicadores, utilize ferramentas como o book de ofertas da B3, sites especializados ou a própria página da bolsa que disponibiliza dados de volume e número de investidores. Priorize sempre ETFs com volume consistente e spread estreito, para garantir que seu investimento combine boa liquidez com baixos custos de transação.

Reputação do gestor e o histórico

ETFs são geridos por instituições financeiras que administram a carteira para replicar índices. A reputação e experiência do gestor são fatores cruciais para o sucesso do seu investimento. Grandes gestoras globais como BlackRock, Vanguard e State Street, ou nacionais como Itaú e XP, geralmente oferecem maior segurança por terem mais recursos e experiência para manter baixo tracking error e operar com escala. Embora gestoras menores possam ser competentes, é preferível contar com provedores que tenham histórico consistente no mercado.

O tempo de existência do ETF é um indicador importante de confiabilidade. Fundos com vários anos de histórico permitem avaliar seu comportamento em diferentes cenários econômicos, demonstrando se conseguem cumprir sua proposta em momentos de alta e baixa do mercado. Um ETF longevo com patrimônio significativo sinaliza a confiança de outros investidores. Por outro lado, fundos muito recentes exigem maior atenção, pois seu histórico curto dificulta avaliar tanto a eficiência na replicação quanto a estabilidade da gestora.

Analisar o desempenho passado do ETF comparado ao seu índice de referência é fundamental para verificar a qualidade da gestão. O retorno ideal deve ficar muito próximo ao do índice, descontada apenas a taxa de administração. Por exemplo, se um índice rendeu 10% e o ETF 9,7%, a diferença de 0,3 p.p. é aceitável, provavelmente explicada por custos operacionais. Porém, discrepâncias maiores, como 2 p.p., merecem investigação para entender se há problemas estruturais ou ineficiências na gestão.

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Outros aspectos práticos

Por fim, avalie fatores práticos que podem impactar o retorno líquido ou a conveniência de investir naquele ETF:

  • Tributação: ETFs de renda variável no Brasil são tributados em 15% sobre ganho de capital, sem isenção para vendas até R$20 mil/mês. ETFs de renda fixa também têm IR de 15%, retido na fonte, sem come-cotas semestral.
  • Conversão cambial e moeda: ETFs internacionais listados na B3 incorporam a variação do dólar, expondo o investidor à moeda estrangeira. Avalie se deseja essa exposição ou prefere ETFs com hedge cambial.
  • Facilidade de acesso: verifique se o ETF é negociado na B3 ou requer conta em corretora no exterior. Muitos ETFs no Brasil cobrem mercados globais via BDRs ou fundos espelhados.
  • Informações e transparência: prefira ETFs que fornecem informações claras sobre composição da carteira e patrimônio. Busque todas as informações no prospecto e site oficial do fundo.

Um método mais fácil para escolher o melhor ETF

O método Super ETF é uma solução inovadora para investimentos internacionais. Com metodologia acessível, ensina como operar ETFs e opções para gerar dividendos mensais em dólar, desde a abertura da conta até a execução das operações.

Adequado para iniciantes e experientes, combina ETFs diversificados com operações de opções, gerando rendimentos mensais previsíveis mesmo em mercados estagnados. Os módulos práticos permitem implementar estratégias de forma segura, sem conhecimentos técnicos avançados.

Além da teoria, oferece metodologia comprovada para renda extra em dólar, proporcionando proteção cambial e diversificação internacional. Inclui sistemas que simplificam operações e relatórios para acompanhar investimentos em tempo real.

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