Na última sexta-feira (11), o dólar comercial fechou com variação de +0,5%, atingindo R$ 5,5589. A moeda americana iniciou o dia cotado a R$5,5319.
Nesta segunda-feira (14), o dólar abriu as negociações a R$5,5589.
Acompanhe, a seguir, nossa análise diária do mercado cambial.
🏦 Confira a cotação do dólar em tempo real
Agenda de hoje – segunda, 14 de julho de 2025
Exterior
- 00h00 – China – Balança Comercial (USD) (jun)
- 04h00 – China – Novos Empréstimos (jun)
- 23h00 – China – PIB (Q2)
- 23h00 – China – Produção Industrial (jun)
- 23h00 – China – Vendas no Varejo (jun)
- 23h00 – China – Taxa de Desemprego (jun)
Brasil
- 08h25 – Bacen: Boletim Focus (semanal)
- 09h00 – Bacen: IBC-Br (mai)
- 15h00 – Secex: Balança Comercial (semanal)
Desempenho das moedas na sessão anterior
Na última sexta (11), o dólar comercial (compra) subiu 0,1%, fechando a R$5,5650. A princípio, a moeda americana começou o dia cotada a R$5,5480.
O que influencia o dólar hoje?
O dólar hoje inicia a semana sob pressão. Sem dúvida, as novas ameaças tarifárias do presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, contra a União Europeia e o México elevam o tom da guerra comercial.
Além disso, investidores monitoram com cautela os desdobramentos da política brasileira. O país, por sua vez, pode reagir às medidas americanas com a regulamentação da Lei da Reciprocidade.
Na agenda global, os mercados seguem atentos não apenas à escalada nas tensões geopolíticas, mas também à divulgação de balanços trimestrais e dados econômicos ao longo da semana.
Trump ameaça UE e México com tarifa de 30%; futuros recuam
Donald Trump anunciou tarifas de 30% sobre a maioria dos produtos importados da União Europeia e do México. Em virtude disso, a medida entrará em vigor em 1º de agosto.
O anúncio provocou reação imediata nos mercados. Como resultado, os futuros do S&P 500, Nasdaq 100 e Dow Jones registravam quedas leves nesta manhã.
Apesar disso, investidores demonstram menor surpresa, visto que a Casa Branca tem um padrão de ameaças repetidas.
Brasil deve regulamentar reação às tarifas com nova lei
O governo brasileiro publicará nesta terça-feira, 15, a regulamentação da Lei da Reciprocidade, conforme afirmou o vice-presidente Geraldo Alckmin.
A fim de proteger o comércio nacional, a lei permite a adoção de barreiras tarifárias e não tarifárias contra países que prejudiquem as exportações brasileiras — como os EUA, após a tarifa de 50%.
Por certo, a medida representa uma resposta política e comercial à escalada das tensões com Washington.
Petróleo sobe com risco de sanções e tensão global
Os preços do petróleo sobem nesta segunda-feira. Em primeiro lugar, o aumento é impulsionado por temores de novas sanções à Rússia e, em segundo lugar, pelas incertezas sobre o comércio global.
O Brent e o WTI avançavam 0,2% cada um, refletindo os impactos das tarifas sobre a confiança global e os fluxos comerciais.
Por outro lado, a guerra comercial tende a reduzir o crescimento e, com ele, o consumo de petróleo — o que torna o mercado mais volátil no curto prazo.
Bitcoin dispara e rompe os US$ 120 mil com apoio político
O bitcoin iniciou a semana com forte valorização, ultrapassando os US$120 mil pela primeira vez. Sem dúvida, o otimismo regulatório nos EUA impulsiona a moeda digital.
A criptomoeda subia 3,7% nesta manhã, impulsionada não só por entrada robusta em ETFs cripto, como também pela expectativa de aprovação de novas leis no Congresso.
Propostas como o Clarity Act e o Anti-CBDC Act contam com apoio de Trump, que se posiciona como defensor do setor digital.
É importante destacar que esta semana está sendo chamada de “semana cripto“, uma vez que diversos projetos de lei entrarão em votação.
O CLARITY Act define a supervisão regulatória dos mercados de criptomoedas. Já o GENIUS Act cria uma estrutura para stablecoins e foi aprovado no Senado.
O Anti-CBDC Surveillance State Act, por sua vez, proíbe a criação de uma moeda digital do banco central dos EUA.
Superávit comercial da China surpreende e anima mercado
A balança comercial chinesa registrou superávit de US$114,77 bilhões em junho, acima do esperado. Em outras palavras, o resultado superou as projeções após a redução mútua de tarifas com os EUA.
As exportações cresceram 5,8% no ano, puxadas principalmente pelo aumento nas vendas de terras raras e pela flexibilização das restrições americanas a chips.
No entanto, as importações ainda mostram fragilidade, com alta de apenas 1,1%, o que revela demanda interna contida.