Sexta-feira (11)

Mercado atento a tarifas dos EUA, dados do Brasil e embates fiscais em Brasília

Dólar inicia o dia cotado a R$5,53 com investidores atentos à PMS e novas tarifas americanas, enquanto o bitcoin ultrapassa US$118 mil pela primeira vez

Dólar hoje
Mercado financeiro acompanha impactos das novas tarifas comerciais dos EUA e debates fiscais no Brasil, enquanto o bitcoin atinge novo recorde histórico | Crédito: Divulgação

Na última quinta-feira (10), o dólar comercial fechou com variação de -0,9%, valendo R$5,5331, após ter começado o dia cotado a R$5,5831.

O dólar hoje (11) iniciou o dia cotado a R$5,5332.

Acompanhe, a seguir, nossa análise diária.

🪙Confira a cotação do dólar em tempo real

Agenda de hoje – sexta, 11 de julho de 2025

Exterior

  • 03h00 – Reino Unidos – Produção industrial (mai)
  • 05h00 – França – AIE divulga relatório mensal sobre petróleo
  • 14h00 – EUA – Baker Hughes: poços e plataformas de petróleo em operação

Brasil

  • 09h00 – IBGE: Pesquisa Mensal de Serviços (mai)
  • 09h00 – IBGE: Pesquisa Industrial Regional (mai)
  • 10hh0 – CNI: Índice de confiança do empresário industrial (jul)
  • 11h30 – BC: oferta de até 35 mil contratos de swap cambial (US$ 1,75 bilhão) em leilão de rolagem

Desempenho das moedas na sessão anterior

Na última quinta (10), o dólar comercial (compra) fechou com queda de 0,9%, cotado a R$5,5332, após ter começado o dia cotado a R$5,5831.

O que influencia o dólar hoje?

Acima de tudo, as novas tarifas comerciais dos EUA e a Pesquisa Mensal de Serviços (PMS) são os principais destaques econômicos da sexta-feira.

Além disso, as projeções para o PIB e a inflação também estarão no radar, exigindo atenção redobrada dos mercados.

Nesse meio tempo, Lula participa de evento no Espírito Santo para anunciar pagamentos de transferência de renda.

Em síntese, a agenda econômica nacional é enxuta, mas sensível aos desdobramentos internacionais e à divulgação de dados internos.

A seguir, acompanhe os principais efeitos dessa decisão nos mercados.

Tensões comerciais e reações no exterior

No momento em que este texto é escrito, mercados internacionais operam com cautela após recordes em Wall Street e anúncio de novas tarifas por Trump.

Por exemplo, os EUA anunciaram tarifa de 35% sobre produtos canadenses, e a União Europeia pode seguir o mesmo caminho.

Da mesma forma, a bolsa de Londres sentiu o impacto da queda na produção industrial britânica, e o petróleo recua com o corte da AIE.

Em outras palavras, rendimentos dos Treasuries e valorização do dólar refletem o aumento da aversão ao risco global.

Brasil reage ao ambiente global e à política monetária

Sem dúvida, commodities como petróleo e minério de ferro devem influenciar o desempenho dos ativos brasileiros hoje.

Por outro lado, o dólar e os juros futuros sobem com oscilação dos Treasuries, mesmo após leve alta dos ADRs de empresas brasileiras.

Nesse sentido, o mercado repercute também a carta do Banco Central sobre o descumprimento da meta de inflação. Sem indicar, no entanto, quando a inflação convergirá para a meta, atualmente fixada em 3,0%.

Como resultado, o cenário externo incerto se soma à política monetária local, ampliando a volatilidade no câmbio e no mercado de ações.

Debates fiscais e tributários no radar político

Em primeiro lugar, Fernando Haddad se reuniu com Alexandre de Moraes, enquanto avança a discussão sobre o IOF e compensações fiscais.

De acordo com informações recentes, Lula confirmou que manterá o aumento do IOF, caso o Congresso não aponte outra fonte para R$10 bilhões em despesas.

Ao mesmo tempo, Arthur Lira defendeu o piso do novo programa de renda, com valores entre R$7.350 e R$7.700 mensais.

Por fim, a estimativa de custo pode ultrapassar R$18 bilhões, e a proposta será debatida em Comissão Especial na próxima semana.

Bitcoin atinge recorde com apoio institucional e medidas dos EUA

É provável que muitos investidores estejam atentos ao fato de que o bitcoin superou US$118 mil nesta sexta-feira e se aproximou dos US$119 mil, com alta demanda de investidores institucionais.

A valorização é impulsionada por medidas do governo Trump, que apoia a criação de uma reserva estratégica de bitcoin e, consequentemente, por uma forte demanda institucional.

Além disso, outro fator de impulso foi a aprovação, no Senado dos EUA, de um projeto regulatório para stablecoins no mês passado.

Uma vez que o mercado reagiu positivamente, às 8h (horário de Brasília), o bitcoin acumulava alta de 6,3% em 24 horas, cotado a US$118.071,15.

Finalmente, na madrugada, chegou ao pico de US$118.869,98.