Terça-feira (08)

Dólar hoje avança com tarifaço de Trump e mercado atento à China

Mercados emergentes sentem impacto da escalada nas tensões comerciais enquanto bolsas americanas mostram sinais mistos e investidores aguardam dados do varejo brasileiro

Dólar
Dólar opera em alta após Trump anunciar novas tarifas sobre produtos de 14 países, incluindo aliados como Japão e Coreia do Sul | Crédito: Pixabay

O dólar hoje opera em alta no mercado global, após o presidente Donald Trump oficializar uma nova rodada de tarifas sobre produtos de 14 países. A medida amplia as tensões comerciais e reforça a busca por segurança nos mercados.

💵 Cotação do dólar em tempo real

Com isso, moedas de países emergentes, como o real, se desvalorizam. Ao mesmo tempo, os índices futuros das bolsas americanas mostram sinais mistos, refletindo incertezas.

Em resumo, a atenção se volta para os desdobramentos entre Estados Unidos e China, além de dados econômicos locais, como as vendas do varejo brasileiro em maio.

Acompanhe os detalhes do dia e os possíveis impactos no câmbio..

Dólar hoje

O dólar iniciou esta terça-feira (08) cotado a R$5,4845.

Na última segunda-feira (07), o dólar comercial fechou com variação de 1,2%, valendo R$5,4845, após ter começado o dia cotado a R$5,4207.

Agenda de hoje – terça, 08 de julho de 2025

Exterior

  • 03h00 – Alemanha – Balança Comercial (mai)
  • 22h30 – China – Índice de Preços ao Produtor (jun)
  • 22h30 – China – Índice de Preços ao Consumidor (jun)

Brasil

  • 08h00 – FGV: Índice de preços ao consumidor (semanal)
  • 09h00 – IBGE: Vendas no Varejo (mai)
  • 11h30 – BC: oferta de até 35 mil contratos de swap cambial (US$ 1,75 bilhão) em rolagem

Trump impõe tarifaço a 14 países e pressiona mercados

Em primeiro lugar, Donald Trump anunciou tarifas de até 40% sobre produtos importados de 14 países, com vigência a partir de 1º de agosto. O comunicado veio um dia após ameaças a países do Brics, como o Brasil.

Entre os alvos estão Japão e Coreia do Sul, com tarifas de 25%, além de Tailândia, Bangladesh e Camboja, com taxas que chegam a 36%. A lista inclui ainda outras nações do Sudeste Asiático e da África.

As medidas, publicadas em cartas padronizadas nas redes sociais de Trump, elevaram a aversão ao risco nos mercados globais.

Bolsas americanas operam de forma mista

Em segundo lugar, os índices futuros dos EUA abriram o dia com sinais mistos. Por volta das 07h50, o Dow Jones recuava 0,09%, enquanto o S&P 500 e o Nasdaq 100 apresentavam leves altas, de 0,13% e 0,28%, respectivamente.

Além disso, a cautela dos investidores reflete o impacto potencial das novas tarifas, em um ambiente já pressionado por incertezas sobre juros e crescimento.

China mostra preocupação com escalada comercial

Em terceiro lugar, do outro lado do mundo, a China expressou preocupação com a nova ofensiva tarifária dos EUA, evidenciando a fragilidade da trégua firmada em junho.

Na época, Pequim e Washington firmaram um pacto com poucos detalhes divulgados, o que tem alimentado dúvidas sobre sua eficácia.

A China tem até 12 de agosto para evitar o retorno de tarifas superiores a 100% sobre seus produtos. O risco de escalada preocupa investidores e pode afetar cadeias globais de suprimento.

Petróleo oscila com Opep+ e tensões comerciais

O petróleo opera perto da estabilidade nesta terça-feira, em meio à incerteza sobre o impacto das novas tarifas nos fluxos globais de comércio.

O contrato Brent recuava 0,03%, cotado a US$69,56, enquanto o WTI caía 0,2%, a US$67,76. A recente decisão da Opep+ de ampliar a produção segue pesando sobre os preços.

Ibovespa cai com aversão ao risco e atenção ao varejo

Por fim, no Brasil, o Ibovespa encerrou a segunda-feira em queda de 1,26%, aos 139.489 pontos. O movimento foi puxado por realização de lucros e pela cautela global com o tarifaço dos EUA.

No radar de hoje, o mercado aguarda os dados de vendas no varejo em maio. Após queda de 0,4% em abril, a expectativa agora é de alta modesta de 0,2%.

O resultado pode ajudar a calibrar as apostas sobre o ritmo da atividade econômica doméstica no segundo trimestre.