Ontem, segunda-feira (30), o Ministério do Trabalho e Emprego divulgou os dados do Novo CAGED. De acordo com a pesquisa, o Brasil registrou a geração de 148.992 vagas de emprego formal em maio. Um avanço de 6,76% em relação às 139.557 vagas criadas no mesmo mês de 2024. Esse saldo resulta de 2.256.225 admissões contra 2.107.233 desligamentos.
O setor de Serviços foi o principal responsável pelo resultado, com a criação líquida de 52.459 vagas, seguido pela Construção (21.946) e pela Indústria (13.131). Já a Agropecuária (–5.644) e o Comércio (–10.310) registraram saldos negativos.
A distribuição regional foi bastante ampla: 26 das 27 unidades da Federação tiveram saldos positivos. São Paulo liderou a criação com 33.313 vagas, seguido por Minas Gerais (20.287) e Rio de Janeiro (13.642). O único estado com saldo negativo foi o Rio Grande do Sul, que recuou em 115 postos.
Em comparação com abril de 2025, quando o saldo foi de 131 mil vagas, houve aceleração na geração de empregos. Na análise interanual, o crescimento de 6,76% confirma a tendência de recuperação do mercado formal iniciada no segundo semestre de 2024.
Esses números reforçam a resiliência da economia brasileira diante de cenários de incerteza global. A forte demanda por mão de obra em serviços e construção sinaliza continuidade da expansão, mas a contração em comércio e agropecuária exige políticas de estímulo e diversificação setorial.
Quais os impactos dos dados do CAGED no seu dia a dia?
Em resumo, a criação de 148.992 vagas em maio indica que o mercado formal está em expansão, abrindo oportunidades para trabalhadores em busca de estabilidade e benefícios atrelados à carteira assinada, como FGTS e seguro-desemprego. Com mais vagas em serviços e construção, setores tradicionalmente intensivos em mão de obra, aumenta a competição por postos e pode elevar salários e bônus.
Por outro lado, o recuo em comércio e agropecuária pode pressionar profissionais dessas áreas a migrarem para segmentos em alta ou a investirem em capacitação para se manterem competitivos. No âmbito do orçamento doméstico, mais empregos formais significam maior poder de compra, estimulando consumo de bens duráveis e serviços, embora seja importante acompanhar a qualidade dos empregos e os níveis de informalidade complementares.