O dólar hoje começa a semana em alta, refletindo as tensões geopolíticas após ataques dos EUA a instalações no Irã. Em virtude disso, o temor de represálias e impactos no petróleo reforça o clima de aversão ao risco.
Enquanto isso, investidores monitoram falas de dirigentes do Fed sobre cortes de juros, além da expectativa pela divulgação do boletim Focus.
📈 PREÇO DO DÓLAR EM TEMPO REAL
No Brasil, a recente elevação da Selic para 15% ainda repercute, com projeções de inflação em queda e, consequentemente, revisão na expectativa para o câmbio em 2025.
A seguir, confira os destaques do dia e os fatores que movimentam o dólar nesta segunda-feira (23).
Cotação do dólar
O dólar iniciou esta segunda-feira (23) cotado a R$5,5131.
Na última sexta (20), o dólar comercial (compra) fechou com alta de 0,5%, cotado a R$5,5240, após ter começado o dia cotado a R$5,4820.
Agenda de hoje – segunda, 23 de junho de 2025
Exterior
- 04h30 – Alemanha – Índice PMI composto preliminar (jun)
- 05h00 – Zona do Euro – Índice PMI composto preliminar (jun)
- 05h30 – Reino Unido – Índice PMI composto preliminar (jun)
- 10h45 – EUA – Índice PMI composto preliminar (jun)
- 11h00 – EUA – Venda de casas usadas (mai)
Brasil
- 08h00 – FGV: Índice de preços ao consumidor (semanal)
- 08h25 – BC: Boletim Focus (semanal)
- 08h25 – Secex: Balança comercial (semanal)
Mercados reagem com cautela a ataques dos EUA ao Irã
Os índices futuros de Wall Street sobem levemente nesta segunda, enquanto o petróleo tem alta menor que o esperado, refletindo, assim, um cenário ainda incerto após os ataques dos EUA a instalações nucleares no Irã.
Apesar da reação contida, operadores ainda monitoram o risco de uma resposta iraniana, incluindo o bloqueio do Estreito de Hormuz, que poderia pressionar os preços do petróleo.
No entanto, a cautela continua no radar dos investidores diante da possibilidade de escalada regional.
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Fed em compasso de espera
Mary Daly, presidente do Fed de São Francisco, afirmou no domingo que o atual nível de juros está adequado, mas que um corte pode ocorrer no outono (entre setembro e dezembro).
Por outro lado, a fala contrasta com a do governador Christopher Waller, que sugeriu uma possível redução já em julho.
Dessa forma, o dólar tende a reagir a esses sinais divergentes, com os mercados ajustando suas apostas conforme o tom do Fed.
Dólar sobe com aumento da aversão ao risco
O dólar opera em alta frente às principais moedas nesta segunda, impulsionado pelo aumento da aversão ao risco após os bombardeios no Irã
Além disso, o índice DXY, que mede o desempenho da moeda americana frente a seis divisas, avançava 0,70% às 7h30, atingindo 98,95 pontos.
Sem dúvida, o movimento reflete a busca por segurança em meio às incertezas geopolíticas.
Petróleo sobe e reacende alerta inflacionário
O preço do petróleo avança de forma moderada nesta segunda-feira, com os investidores atentos à possibilidade de bloqueio no Estreito de Ormuz.
Por causa disso, um novo salto nos preços pode reacender a inflação global e atrasar cortes de juros nos EUA, segundo analistas.
Em resumo, o Brent subia 1,06%, a US$76,27, enquanto o WTI era negociado a US$74,61, após forte volatilidade nas primeiras horas do pregão.
Focus: mercado ajusta projeções após alta da Selic
O boletim Focus trará hoje novas projeções para inflação, câmbio e crescimento, após o Copom elevar a Selic para 15% ao ano.
Na semana passada, o mercado já havia revisado o IPCA de 5,44% para 5,25% em 2025, e, como resultado, o dólar esperado ao fim do ano caiu para R$5,77.
Em conclusão, as expectativas sinalizam que o aperto monetário começa a surtir efeito sobre as projeções macroeconômicas.
