Em sua reunião desta quarta-feira (18), o Copom elevou a taxa Selic para 15,00% ao ano. O aumento de 0,25 ponto percentual marca o fim do ciclo de aperto monetário que começou em setembro de 2024. Principalmente, a decisão reflete a inflação acima da meta e a necessidade de controlar as expectativas.
Apesar da desaceleração recente da inflação, o Copom mantém postura cautelosa. O objetivo é garantir o retorno dos preços à meta de 3% ao ano. Além disso, preocupam as tensões comerciais globais e oscilações nos preços de commodities.
Este sétimo aumento consecutivo totaliza 6,75 pontos percentuais desde o início do ciclo. Consequentemente, a Selic alcança seu maior nível desde 2006, colocando o Brasil entre os países com juros reais mais elevados.
Como a Selic a 15% afeta o seu dia a dia?
Primeiramente, a alta da Selic aumenta o custo do crédito. Assim, empréstimos e financiamentos ficam mais caros, reduzindo consumo e investimentos. Como resultado, setores como varejo e construção desaceleram, afetando o crescimento do PIB.
Por outro lado, os títulos públicos tornam-se mais atrativos. Logo, aumenta a captação de recursos no mercado interno, fortalecendo o real. Por fim, esse fluxo ajuda a equilibrar as contas externas, permitindo que o Banco Central reconsidere o ritmo de cortes quando a inflação convergir para a meta.