
No ambiente de baixos juros e incertezas que o Brasil enfrenta, o SCHD — Schwab U.S. Dividend Equity ETF — se destaca como opção para quem quer fugir de ativos atrelados ao real e que busca renda passiva em dólar. Lançado em outubro de 2011, o SCHD segue o Dow Jones U.S. Dividend 100 Index, reúne cem companhias com histórico sólido de dividendos, distribui proventos trimestrais e cobra apenas 0,06% ao ano de taxa de administração.
Por fim, com mais de US$ 30 bilhões em ativos sob gestão e liquidez diária elevada, o ETF combina baixa dispersão de tracking error, distribuições regulares e critérios rigorosos de seleção. Como resultado, adequa-se a perfis conservadores e moderados que desejam fluxo de caixa recorrente em dólar.
O que é o SCHD?
Em resumo, o SCHD (Schwab U.S. Dividend Equity ETF) é um fundo de índice listado na NYSE American que replica o Dow Jones U.S. Dividend 100 Index, garantindo ao investidor acesso a cem empresas norte-americanas de grande porte conhecidas pelo pagamento consistente de dividendos.
A Schwab Asset Management é a responsável pela gestão do ativo. Lançado em 20 de outubro de 2011, o SCHD tem como objetivo “acompanhar o retorno total do índice, antes de taxas e despesas”.
O índice de referência foca em empresas com histórico de distribuição de dividendos ao longo de pelo menos 10 anos, além de adotar filtros de liquidez e solvência, rebalanceando a carteira anualmente para manter os critérios de qualidade e consistência. Esse processo garante que o SCHD inclua companhias com baixo índice de payout e boa proteção ao crédito.
Por ser um ETF passivo, o SCHD não tenta superar o mercado, mas sim espelhar o índice com tracking error historicamente reduzido — abaixo de 0,20% em média nos últimos cinco anos. O fundo distribui dividendos trimestrais, convertendo proventos em dólares antes de creditá-los aos cotistas, sempre em datas-base claras definidas no regulamento.
Por fim, o SCHD é doméstico nos EUA e não faz hedge cambial, o que significa que o investidor em reais arca com a variação do dólar ao converter proventos ou ao avaliar o valor da cota em reais. Isso o torna um ETF de dividendos com proteção cambial, de forma implícita, para quem busca proteção contra a desvalorização do real.
Como funciona o SCHD?
A replicação do Dow Jones U.S. Dividend 100 Index pelo SCHD é feita por full replication, ou seja, comprando todas as ações que compõem o índice na proporção de suas ponderações de mercado. Essa abordagem garante alta fidelidade ao benchmark e minimiza o tracking error.
Em segundo lugar, quando as empresas da carteira pagam dividendos, esses valores são creditados no caixa do fundo. Na data-base (record date), o SCHD consolida os rendimentos e estabelece a data de ex-dividend e o dia de pagamento, repassando em dólar os proventos aos cotistas de forma trimestral.
Todo o fluxo de distribuição é divulgado antecipadamente no site da Schwab e em plataformas financeiras, permitindo ao investidor planejamento de caixa. Além disso, o fundo não reinveste automaticamente esses proventos, dando flexibilidade para reinvestimento ou uso corrente.
O rebalanceamento é executado anualmente, seguindo ajustes do índice: empresas que não atendem mais aos critérios de dividendos ou fundamentalistas são substituídas por novas com melhor perfil. Isso mantém o foco em ativos de alta qualidade.
Para monitorar o SCHD, o investidor pode usar o home broker da sua corretora, consultar o fato técnico no site do Schwab Asset Management ou acessar relatórios de serviços como Morningstar e ETFdb, que detalham composição, desempenho e eventos de distribuição.
Composição e principais características
Em terceiro lugar, a carteira do SCHD é composta por 100 ações de empresas americanas, selecionadas segundo critérios de dividend yield, histórico de pagamento (no mínimo 10 anos) e qualidade de balanço (índice de endividamento, cobertura de juros).
Os setores mais representados são tecnologia, saúde, consumo e financeiro, refletindo a robustez dessas áreas na economia dos EUA. As 10 maiores posições, que incluem nomes como Johnson & Johnson, Home Depot e Coca-Cola, somam aproximadamente 35% do patrimônio.
O ETF não faz hedge cambial, portanto, o desempenho em reais sofrerá tanto a variação do índice quanto a flutuação do dólar — um potencial benefício em cenários de depreciação cambial.
Além disso, o SCHD possui cerca de US$ 34 bilhões de AUM, juntamente de um TER de 0,06%, baixo em relação a outros ETFs de dividendos (por ex., VIG ou SDY, com taxas entre 0,06% e 0,35%).
Vantagens e desvantagens
Antes de avaliar se o SCHD é adequado ao seu portfólio, considere seus pontos fortes e fracos. Dentre as vantagens estão:
- Renda passiva trimestral em dólar, ideal para fluxo de caixa em moeda forte;
- Baixíssima taxa de apenas 0,06% a.a., preservando retorno líquido;
- Seleção rigorosa via Dow Jones U.S. Dividend 100™, garantindo empresas com histórico de dividendos;
- Alta liquidez diária, com AUM superior a US$ 30 bi;
- Tracking error reduzido, refletindo fielmente o índice.
Em contrapartida, o SCHD traz consigo as seguintes desvantagens:
- Exposição cambial sem hedge, sujeita a oscilações do dólar;
- Distribuição trimestral (não mensal), o que pode não atender a quem busca fluxo de caixa mais frequente;
- Setores cíclicos podem aumentar volatilidade em certos períodos;
- Potencial de crescimento limitado frente a ETFs de crescimento puro (ex.: QQQ).
Tributação e aspectos fiscais
Os dividendos do SCHD têm 30% de retenção na fonte nos EUA, mas você pode compensá-los no Brasil através de crédito tributário quando existe acordo de bitributação entre os países. Você deve declarar esses rendimentos como “Rendimentos Recebidos de Pessoas Jurídicas no Exterior“.
O IR cobra 15% sobre o ganho de capital na venda de cotas com lucro (ou 20% em operações day trade), e você não tem a isenção mensal de R$ 20 mil que existe para ações brasileiras. Como os ETFs americanos não têm come-cotas, você só paga impostos quando recebe os dividendos ou vende as cotas.
Na declaração do Imposto de Renda, é necessário guardar os comprovantes de retenção no exterior e declarar os dividendos líquidos na ficha de rendimentos isentos, o ganho de capital em operações com ETF e incluir o ativo na seção de Bens e Direitos, informando o código do ETF e a quantidade de cotas.
Vale a pena investir no SCHD?
Por fim, para investidores que buscam renda passiva em dólar, o SCHD é uma excelente opção. Com taxa de apenas 0,06% ao ano, dividendos trimestrais e rigorosa seleção de empresas, oferece fluxo de caixa consistente e proteção contra desvalorização do real.
Investidores de perfis moderados a conservadores que buscam previsibilidade e baixa volatilidade encontram no ETF uma excelente opção. Ele serve perfeitamente para quem busca construir uma reserva em dólar para aposentadoria ou despesas periódicas.
Já investidores focados em crescimento (growth-oriented) podem preferir ETFs como o QQQ, que priorizam valorização. Nestes casos, o SCHD serve melhor como componente de renda em uma carteira diversificada.
Além disso, uma estratégia de investimentos bem estruturada é fundamental para maximizar os retornos do SCHD. Não basta apenas comprar o ETF — é preciso ter um plano claro de aportes, reinvestimento de dividendos e horizonte temporal adequado para colher os melhores resultados.
Finalmente, para ajudar nesse processo, o Super ETF oferece um serviço especializado que auxilia investidores a construir uma carteira otimizada de ETFs, incluindo o SCHD. Uma estratégia que funciona para todos os perfis de investimentos e para todos os níveis de experiência. E melhor ainda: gera renda extra em dólar todos os meses!
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