Dólar hoje

Dólar hoje: tensão entre EUA e China e novos dados econômicos movimentam os mercados

Moeda americana opera pressionada por conflitos entre Washington e Pequim, que incluem novas restrições a empresas chinesas e acusações de descumprimento de acordos

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Dólar opera em alta nesta terça-feira, influenciado por tensões comerciais entre EUA e China e expectativa por dados do mercado de trabalho americano | Crédito: Reprodução

A semana começa com o dólar hoje refletindo múltiplas pressões, tanto internas quanto externas. Por um lado, a trégua comercial entre China e Estados Unidos deu lugar a novos embates, uma vez que Washington acusou Pequim de descumprir acordos e impor novas restrições a empresas chinesas.

📈 Veja a cotação do dólar em tempo real

No que diz respeito ao cenário interno, o mercado acompanha a divulgação do Boletim Focus e do PMI industrial de maio, a fim de obter pistas sobre o ritmo da economia brasileira. Apesar da alta nas projeções do PIB, ainda assim permanecem dúvidas quanto à sustentabilidade do crescimento em meio às incertezas fiscais.

Em contrapartida, no exterior, os contratos de petróleo sobem após a decisão da Opep+ de manter o ritmo gradual de aumento de produção, ao mesmo tempo em que as bolsas americanas recuam diante do recrudescimento das tensões geopolíticas.

A fim de entender todos os fatores por trás do movimento do dólar hoje, siga a leitura e acompanhe os destaques.

Agenda de hoje – segunda, 02 de junho de 2025

Exterior

  • 04h55 – Alemanha Índice PMI industrial (mai)
  • 05h00 – Zona do Euro – Índice PMI industrial (mai)
  • 05h30 – Reino Unido – Índice PMI industrial (mai)
  • 10h45 – EUA Índice PMI industrial (mai)
  • 14h00 – EUA Discurso Jerome Powell
  • 22h45 – China Índice PMI industrial (mai)

Brasil

  • 08h00 – FGV: Índice de preços ao consumidor (semanal)
  • 08h00 – FGV: Índice de confiança empresarial (mai)
  • 08h25 – BC: Boletim Focus (semanal)
  • 10h00 – S&P Global: Índice PMI industrial (mai)

Valor do dólar hoje

O dólar comercial abriu esta segunda-feira (02) cotado a R$5,7236.

Na última sexta (30), o dólar comercial (compra) fechou com queda de 0,91%, cotado a R$5,6680, após ter começado o dia cotado a R$5,7180.

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Mercado local espera Focus e PMI industrial

Nesse sentido, o mercado local aguarda nesta segunda-feira (02) o Boletim Focus e os dados do PMI industrial. Com o propósito de trazer mais clareza sobre o ritmo da economia após o crescimento acima do esperado no 1º trimestre.

Em relação ao último Focus, os economistas elevaram a estimativa de crescimento do PIB de 2,02% para 2,14% em 2025, acompanhando o otimismo do Ministério da Fazenda.

No entanto, as projeções para inflação, juros e dólar foram mantidas, refletindo a cautela do mercado com a incerteza fiscal no Brasil e os desdobramentos da política tarifária dos EUA.

Petróleo avança após decisão da Opep+

Os preços do petróleo abriram em alta, como resultado da decisão da Opep+ de manter o aumento gradual da produção. O grupo aprovou acréscimo de 411 mil barris por dia em julho.

O Brent sobe 3%, a US$64,66, bem como o WTI avança 3,4%, cotado a US$62,88. O movimento recupera parte das perdas da semana passada.

Além disso, o avanço das tensões entre Rússia e Ucrânia e a possibilidade de novas sanções americanas ao setor de energia russo influenciam o petróleo.

Bolsas americanas em queda com temor de desaceleração

Os índices futuros de Nova York abriram em queda, em virtude do agravamento das disputas comerciais e o temor de desaceleração global.

Às 7h45, o S&P 500 recuava 0,6%, o Nasdaq 0,7% e o Dow Jones 0,5%. Por conseguinte, parte dos ganhos de maio está sendo devolvida nesta segunda-feira.

Na última semana, o S&P teve sua melhor performance mensal desde novembro de 2023, porém o cenário atual impõe cautela.

Trégua comercial entre EUA e China perto do fim?

A China classificou como “infundadas” as acusações de Trump de que Pequim descumpriu acordos comerciais. Em resposta, prometeu medidas firmes para defender seus interesses.

Dessa forma, as tensões aumentaram após Washington impor novas restrições à exportação de chips e softwares avançados para empresas chinesas, além de revogar vistos de estudantes da China.

O secretário do Tesouro, Scott Bessent, afirmou que as conversas perderam tração. Como resultado, a reação da China e o impasse geram incertezas nos mercados e pressionam o dólar hoje.

Para complementar o impasse, os EUA anunciaram o aumento das tarifas de importação sobre aço, dos atuais 25% para 50%, a partir de 4 de junho. Em contrapartida, a União Europeia promete retaliação.

Bitcoin se recupera após fim de semana volátil

O bitcoin sobe 1,1% nesta segunda-feira, cotado a US$105.530, após perdas recentes ligadas ao aumento da aversão ao risco global.

A criptomoeda acumula valorização de 11% em maio, impulsionada por avanços regulatórios nos EUA e expectativas de trégua comercial.

Por fim, com o novo choque entre China e EUA, investidores voltam a monitorar os fluxos de capital e a possível saída de fundos institucionais.