
O Ibovespa, principal índice acionário da B3, a bolsa brasileira, fechou o pregão desta terça-feira (12) com desvalorização de 1,51%, aos 77.871,95 pontos. Após operar boa parte do dia em alta, o Ibovespa “virou” para a queda após rumores de que um vídeo de reunião ministerial, quando Sergio Moro ainda ocupava o cargo de ministro da Justiça, mostraria evidências de tentativa de interferência do Presidente da República, Jair Bolsonaro, na Polícia Federal.
Na contramão, o dólar comercial teve mais um dia de alta, fechando o dia cotado a R$ 5,866, uma valorização de 0,71% ante o Real.
Veja os principais fatores que influenciaram o mercado financeiro do Brasil na sessão de hoje:
Mercados internacionais
No Japão, o Nikkei 225 fechou com queda de 0,12%. Já a bolsa de Xangai encerrou a sessão com perdas de 0,11%.
Na Europa, DAX 30 caiu 0,051% e FTSE 100 teve alta de 0,93%. CAC 40 caiu 0,39%.
Nos Estados Unidos, Dow Jones e Nasdaq caíram 1,89% e 2,09%, respectivamente. S&P 500 também registrou queda, de 2,05%.
Coronavírus
Assim como ontem, o medo de uma segunda onda de contaminações do novo covid-19 assustou os investidores, com novos casos em países que lideram as reaberturas, como China e Coreia do Sul. Enquanto isso, a Rússia anunciou flexibilização do isolamento ontem, mesmo com mais de 200 mil casos.
Os EUA, apesar da situação crítica de ocorrências e óbitos, mantém planos de reabertura. No Brasil, mesmo com a crescente da curva da doença, o presidente Jair Bolsonaro tenta forçar a volta das atividades via decreto, adicionando serviços que considera essenciais.
EUA x China
A China anunciou que vai isentar mais produtos dos EUA das tarifas impostas durante a guerra comercial sobre produtos químicos e têxteis. No entanto, as tensões entre os países ganham uma nova frente com o presidente norte-americano, Donald Trump, tentando impedir um fundo de pensão do governo de investir em ações chinesas.
Balanços
A temporada de resultados continuou hoje, com Banrisul e BTG Pactual anunciando seus resultados para o 1º trimestre de 2020 antes da abertura dos mercados. Após o fechamento, é a vez da Trisul.
Ata do Copom
A ata da reunião da última semana do Comitê de Política Monetária revelou a possibilidade de um último corte de até 0,75 p.p na Selic já no próximo encontro da autoridade, no mês de junho. No documento, o BC diz esperar forte queda no PIB durante o primeiro semestre, com recuperação gradual a partir do segundo semestre de 2020.
Em Brasília
No campo político, o inquérito que apura se o presidente Jair Bolsonaro tentou interferir politicamente na Polícia Federal, conforme acusações do ex-ministro da Justiça Sérgio Moro, continua. Hoje haverá a exibição, em sigilo, do áudio da reunião em que o ex-juiz diz ter sofrido pressão do presidente. Além disso, 3 ministros prestam depoimento sobre o caso.