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Dados do emprego em 2019 corroboram cenário de recuperação econômica

Para este ano, projeção é de criação de 830 mil vagas formais de emprego

24 JAN 2020 • POR Tiago Tristão • 15h35
Apesar da destruição de 307 mil postos formais de emprego em dezembro do ano passado, o resultado de geração de empregos formais no Brasil em 2019, divulgado nesta sexta-feira (24), foi bastante positivo. Devido a um fator sazonal, dezembro é tradicionalmente um mês de destruição de postos de trabalho (média do mês é de destruição de 390 mil postos). O resultado ficou acima da mediana das expectativas, que era de destruição de 327 mil postos de trabalho. Os dados do último trimestre de 2019 corroboram o cenário de recuperação econômica em ritmo mais forte. Todos os setores apresentaram criação líquida positiva em 2019, contudo ainda há bastante heterogeneidade. [better-ads type="banner" banner="47405" campaign="none" count="2" columns="1" orderby="rand" order="ASC" align="center" show-caption="1"][/better-ads] Destaques Apesar do bom desempenho do setor de serviços (influenciado pela modalidade de trabalho intermitente), a indústria de transformação ainda está muito longe do estoque de empregos observado antes da crise de 2015-16 e tem mostrado uma evolução muito lenta. Outro setor que ainda está muito longe do nível estoque de empregos formais observado em 2014 é a construção civil. Contudo, este setor apresentou evolução significativa em 2019 frente a 2018 (criação de 71 mil empregos formais contra apenas 17 mil em 2018). Outro destaque positivo foi a modalidade de trabalho intermitente (modalidade de trabalho sem horário fixo e que o empregado ganha pelas horas trabalhadas). Surgida com a reforma trabalhista de 2017, essa nova possibilidade de contrato de trabalho criou 84,6 mil postos formais de emprego no ano passado (contra 51 mil em 2018) e representou 13,2% do total de postos de trabalho criados. Essa modalidade permite que as empresas convoquem os trabalhadores somente quando houver a necessidade ou demanda pelo serviço, dando mais flexibilidade ao mercado de trabalho e possibilitando ao empregado um contrato celetista ao invés da alternativa do mercado de trabalho informal. Ao diminuir o custo da mão de obra e a rigidez do contrato de trabalho, essa nova modalidade deve contribuir para ganhos de produtividade. Para 2020, esperamos que a criação de vagas mantenha a tendência de crescimento apresentada no último trimestre do ano passado, o que implicaria em criação líquida de 830 mil formais de emprego este ano.