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Ambev (ABEV3) recua 4%, após balanço do 1T: BTG não recomenda comprar ação e diz o porquê; veja

Banco demonstra as preocupações do mercado para a companhia, diante de um setor em que a competição só aumenta

8 MAI 2024 • POR José Chacon • 10h55
A Ambev (ABEV3) é patrocinadora oficial dos principais destinos no carnaval; Rio de Janeiro, São Paulo e Salvador. - Divulgação/Ambev

O resultado financeiro da Ambev referente ao primeiro trimestre de 2024 (1T24) parece não ter agradado tanto os investidores. Pelo menos é o que se exibe nas cotações de suas ações, que operam com baixa nesta quarta-feira (8), dia em que houve a publicação do balanço.

Por volta das 11:20, os papéis ABEV3 registravam queda de 4,05% a R$ 12,10.

Apesar disso, os dados superam as estimativas feitas por analistas do mercado.

No EBITDA (lucro antes juros), a empresa somou R$ 6,5 bilhões, ligeiramente acima das expectativas do BTG Pactual.

Esse valor incluiu um impacto positivo de itens não recorrentes e da LAS (Argentina), o que resultou em um batimento de baixa qualidade.

Mas segundo a empresa, o desempenho foi compensado por um enfraquecimento nos preços da cerveja no Brasil. A margem EBITDA de 32,2% também em linha com as projeções do banco.

Os lucros da Ambev atingiram R$ 3,7 bilhões, superando as expectativas em 11%, devido a menores provisões para imposto de renda e maiores receitas financeiras de créditos tributários.

No Brasil, a cervejeira teve um crescimento no volume de vendas de 3,6% demonstrando resiliência, mas os preços ficaram abaixo das expectativas do BTG, apesar do crescimento do segmento premium.

O banco sugere que a empresa pode ter aumentado o volume de vendas em comparação com os volumes de remessa.

Quanto à LAS, apesar de uma queda de 13% nos volumes, o EBITDA reportado superou as expectativas quando convertido para a moeda brasileira, impulsionado pela inflação em alta na Argentina.

Em termos de perspectiva, o BTG ressalta a transição difícil da empresa de crescimento para valor, com as ações sendo desvalorizadas por anos e preocupações crescentes com a competitividade do setor de cervejas.

"Apesar de negociar com um desconto em relação aos pares globais, permanecemos neutro em relação à Ambev, destacando preocupações contínuas com a receita e a competição", disse o BTG.

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