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Banrisul (BRSR6): desastre climático no RS compromete operações, papéis recuam e BTG analisa impacto

Sede do banco ficou submersa e houve fechamento de 25 de suas 490 agências, mas BTG enxerga histórico resiliente e posição financeira sólida

7 MAI 2024 • POR José Chacon • 12h20
Agência Carlos Gomes - Crédito Maurício Lima

As severas tempestades que pairaram sobre o Rio Grande do Sul (RS) nos últimos dias, causaram estragos imensuráveis em todo o Estado. O desastre ambiental deixou diversas cidades submersas por água e tem demandado um esforço coletivo para reconstrução e resgate da população.

Em meio a esse cenário de emergência, o mercado financeiro acompanha as movimentações em grandes companhias brasileiras situadas na região, diversas delas já anunciaram paralisação de suas operações por enfrentar danos causados pelas enchentes, é o caso da Braskem (BRKM5), CCR (CCRO3) e Rumo (RAIL3).

Mas além dessas, uma grande empresa do estado tem sentido um impacto ainda mais direto em suas operações; a Banrisul (BRSR6).

As enchentes resultaram na submersão da sede do banco e no fechamento de 25 de suas 490 agências. Além disso, a falta de energia e o acesso limitado aos computadores reduziram a visibilidade operacional do Banrisul.

A incerteza sobre os danos causados às instalações físicas e a possibilidade de perdas em seu livro de crédito rural são considerados como os principais riscos financeiros enfrentados pelo banco neste momento.

"Embora seja difícil prever o impacto exato das enchentes nas finanças do Banrisul, espera-se que o setor agrícola seja o mais afetado, especialmente considerando o momento crítico das colheitas de soja e arroz. As perdas de equipamentos e as dificuldades enfrentadas pelos agricultores podem resultar em um aumento nos índices de inadimplência e na necessidade de provisões adicionais por parte do banco", avalia o BTG Pactual, em relatório.

Diante desses desafios, o Banrisul já anunciou medidas para mitigar os riscos, incluindo a análise individual de todas as decisões de crédito e o estímulo ao uso de serviços remotos por parte dos clientes de varejo.

Além disso, o banco está explorando a possibilidade de oferecer linhas de crédito emergencial para auxiliar na reconstrução e assistência regional.

"Apesar da incerteza em relação ao impacto total das enchentes, o Banrisul é visto como resiliente, com uma posição financeira sólida e medidas proativas para enfrentar a crise", comenta o BTG.

O banco mantém uma posição neutra em relação às ações do Banrisul no momento, destacando a importância de monitorar de perto os desenvolvimentos futuros e os resultados financeiros do banco.

Nesta terça-feira (7), as ações do banco caíam 5,68% a R$ 11,46, por volta das 11:50.

"À medida que os esforços de recuperação avançam e a situação se estabiliza, espera-se que o Banrisul recupere sua posição e continue desempenhando um papel vital na economia do Rio Grande do Sul. O monitoramento contínuo dos desenvolvimentos regionais e da saúde financeira do banco será fundamental para os investidores que buscam entender o impacto de longo prazo das enchentes no Banrisul", conclui o BTG Pactual.

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