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Hidrovias do Brasil (HBSA3): XP espera prejuízo líquido no 1º tri e elenca motivos; veja

Casa demonstrou preocupação quanto ao desempenho operacional da empresa nos próximos trimestre, por dois pontos críticos; entenda

4 ABR 2024 • POR José Chacon • 10h45

A XP Investimentos demonstrou preocupações imediatas sobre a Hidrovias do Brasil (HBSA3), especialmente em relação aos desafios enfrentados nos corredores Sul e Norte. A casa destaca dois pontos críticos que podem impactar significativamente as operações da empresa nos próximos trimestres.

O primeiro é a situação precária no Corredor Sul. Desde outubro de 2023, os níveis de calado nessa região têm declinado drasticamente, levando a HBSA a implementar seu protocolo de águas baixas durante os meses seguintes, o que resultou em custos operacionais elevados.

A XP observa que, nos primeiros meses de 2024, os níveis de calado atingiram os mais baixos da série histórica, o que afeta diretamente as exportações hidroviárias de minério de ferro.

"Embora a HBSA tenha feito melhorias em sua infraestrutura para lidar com níveis mais restritos, o desempenho nos primeiros meses deste ano é considerado um sinal de alerta, especialmente diante das possíveis implicações do fenômeno climático La Niña", comenta.

Em relação ao Corredor Norte, o relatório destaca um atraso no aumento tarifário. Parte da capacidade do primeiro trimestre de 2024 foi ocupada por volumes excedentes de milho, que não puderam ser transportados durante o último trimestre de 2023 devido à seca intensa causada pelo El Niño.

"Isso terá impacto na tarifa média do primeiro trimestre deste ano, já que a companhia concordou em transportar esses volumes nas condições de preços do ano anterior", afirma a XP. Apesar disso, a casa mantém uma visão positiva para o Corredor ao longo do ano fiscal de 2024, projetando um aumento tarifário de 15%, sustentado pelo atual ambiente favorável de oferta e demanda.

No lado positivo, a XP destacou o anúncio do investimento da Ultrapar (UGPA3) na HBSA3. A compra da maior parte da participação do Pátria na empresa é vista como um desenvolvimento positivo, reduzindo riscos pendentes e validando a visão otimista da XP Investimentos em relação ao mercado.

No entanto, apesar desses pontos positivos, o relatório adverte sobre os riscos iminentes para as estimativas de desempenho da empresa no primeiro trimestre de 2024. "Embora as estimativas gerais/anuais permaneçam inalteradas no momento, os desafios operacionais, especialmente no Corredor Sul, podem representar riscos negativos para o ano fiscal de 2024", reafirmou a casa.

Para o primeiro trimestre deste ano, a XP espera que a empresa apresente uma receita líquida de R$ 462 milhões, EBITDA ajustado de R$ 171 milhões e prejuízo líquido, com queda de mais de 100% no lucro.

 

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