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Ações da Mitre (MTRE3) despencam quase 10%, após endividamento acima da média em 2023; BTG analisa

Banco destaca dívida de R$ 456 milhões como ponto negativo e mantém visão neutra no papel

15 MAR 2024 • POR José Chacon • 12h00
Reprodução/Site Mitre

As ações da Mitre (MTRE3) registram forte queda nesta sexta-feira (15), um dia após a companhia divulgar seu balanço financeiro do quarto trimestre de 2023. Mesmo apresentado um desempenho acima das expectativas, casas de análise mantiveram sua visão neutra sobre o ativo. Por volta das 11:25, os papéis MTRE3 caíam 9,22% a R$ 5,22.

O ponto que talvez explique essa baixa é à situação financeira da companhia, que encerrou 2023 com uma dívida líquida de R$ 456 milhões e uma relação dívida líquida/patrimônio líquido de 44%.

No entanto, a empresa planeja reduzir sua alavancagem no primeiro semestre de 2024, impulsionada por entregas robustas de projetos.

Apesar disso, o resultado trouxe pontos positivos a serem destacados, um deles foi o retorno sobre o patrimônio líquido (ROE) de 5,5%, que ficou em linha com as projeções do BTG Pactual.

Esse resultado foi impulsionado pelas vendas de ativos realizadas durante o período, gerando um lucro líquido de R$ 14 milhões, acima da expectativa de R$ 10 milhões projetada pelo banco.

Além disso, a receita líquida da Mitre atingiu R$ 279 milhões, 6% acima do mesmo intervalo do ano anterior e superando as estimativas do BTG.

A margem bruta da empresa foi de 24%, enquanto a margem EBITDA alcançou 14%, refletindo uma gestão eficiente dos custos operacionais.

Apesar do lado positivo, o BTG Pactual manteve uma avaliação neutra para a Mitre, citando a expectativa de um ROE relativamente modesto no curto prazo, devido a margens de lucro mais baixas e um endividamento acima da média.

No entanto, o relatório reconhece que as ações da Mitre estão sendo negociadas a múltiplos atrativos, com um preço para o valor patrimonial por ação (P/TBV) de 0,6x.

"O desempenho acima das expectativas no quarto trimestre de 2023 mostra a resiliência e eficiência da empresa em um mercado desafiador, enquanto os investidores observam atentamente os próximos passos da construtora no cenário econômico atual", comenta o BTG.

O preço-alvo sugerido para o papel é de R$ 7,00 por ação.

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