Economia

Taxa de desemprego deve registrar leve alta neste ano em relação a 2023, projeta economista

Contudo, índice estaria acomodado em níveis bem mais baixos que nos últimos anos

29 FEV 2024 • POR Lucas de Andrade • 10h40
- Rovena Rosa/Agência Brasil

A taxa de desocupação para o trimestre móvel encerrado em janeiro de 2024 ficou em 7,6%, mesmo percentual do trimestre móvel anterior (de agosto a outubro de 2023), informou o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) na manhã desta quinta-feira, 29 de fevereiro.

A alta mais moderada do desemprego no início de 2024 em comparação com anos anteriores pode estar relacionada com o aumento do número de pessoas ocupadas (população ocupada), que tem se expandido nos últimos meses e se mantido acima de 100 milhões de trabalhadores, comentou Adriana Beringuy, coordenadora da Pesquisa Nacional de Amostra por Domicílios (PNAD) Contínua.

Além disso, o aumento do número de trabalhadores com carteira assinada, principalmente em setores ligados a transportes e logística, mostra uma melhora qualitativa do emprego e pode ajudar elevar a arrecadação do governo, apontou Rafael Perez, economista da Suno Research.

Ele destaca ainda que o rendimento médio real habitual continua com um crescimento robusto, com uma alta de 3,8% nos últimos doze meses. “Com isso, a massa salarial atingiu mais uma vez seu valor recorde de R$ 305,1 bilhões de reais, aumento de 6,5% na comparação anual”, complementou.

O mercado de trabalho resiliente e a expansão dos rendimentos dos trabalhadores tem sido fundamentais para sustentar o crescimento da economia desde o ano passado, opinou Perez.

“Contudo, este movimento tem ligado um sinal de alerta para o banco central, já que pode pressionar a inflação de serviços e dificultar uma queda mais acentuada dos preços”, completa.

Por fim, para 2024, o economista espera que a taxa de desemprego registre uma leve alta em relação ao ano passado, mas acomodada em níveis bem mais baixos que nos últimos anos.

Na avaliação de Perez, o mercado de trabalho vai continuar a impulsionar os gastos das famílias, o que deve beneficiar segmentos mais ligados ao consumo.

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