64% das empresas brasileiras são alvos de ataques digitais com alta frequência, mostra Mastercard
Realizado em parceria com o Instituto de Pesquisa Datafolha, o "Barômetro da Segurança Digital" ouviu decisores da área de tecnologia de diversos setores
20 FEV 2024 • POR Redação SpaceMoney • 18h03A segunda edição do “Barômetro da Segurança Digital”, pesquisa encomendada pela Mastercard (MSCD34) ao Instituto Datafolha, revelou que 64% das empresas brasileiras são alvo de fraudes’ e ataques digitais com média ou alta frequência. O resultado representa uma alta de 7% se comparado com a primeira edição do estudo, divulgado em 2021.
A pesquisa entrevistou decisores da área de tecnologia de empresas dos setores de educação, financeiro e seguros, tecnologia e telecom, saúde e varejo e mostrou que, apesar das organizações reconhecerem a importância da cibersegurança, elas ainda não desenvolvem políticas de segurança digital e treinamento para os seus funcionários de forma aprofundada.
Os dados mostram que a cibersegurança é considerada muito importante para mais de 84% das companhias, mas não é uma prioridade no orçamento para 23% delas.
Na mesma linha, apenas 35% das empresas entrevistadas possuem uma área própria de cibersegurança e somente uma em cada quatro empresas tem planejamento anual para segurança digital. Ainda assim, quando questionados sobre a Lei Geral de Proteção de Dados (LGPD), 81% dos entrevistados responderam que a legislação trouxe benefícios para as organizações.
“O investimento em cibersegurança não deve ser encarado apenas para o cumprimento das legislações, mas também visto como uma estratégia de negócios, melhorando a experiência do cliente [...] apesar de a percepção sobre os ataques ter crescido, uma parcela considerável das empresas ainda não prioriza a segurança digital de sua operação”, comenta Leonardo Linares, Vice-presidente Sênior de Produtos e Soluções da Mastercard Brasil.
Quando questionados sobre sua estratégia de segurança, 79% das companhias afirmam ter um plano de resposta a um possível ataque cibernético, mas apenas um terço fez algum tipo de teste preventivo nos três meses antecedentes à realização da pesquisa.
Já em relação à composição de times, cresceu de 44% para 53% o índice de empresas com muita dificuldade para encontrar profissionais para gerir o sistema de segurança digital.
Entre os segmentos analisados, ‘finanças e seguros’ e ‘tecnologia e telecom’ são os mais preparados em cibersegurança, à frente de educação, saúde e varejo. Por isso o apoio de empresas especializadas em segurança da informação e proteção de dados é fundamental para que as organizações aumentem sua resposta a ciberataques.
Os resultados do estudo revelaram que, apesar do aumento no número de ataques cibernéticos, muitas empresas no Brasil ainda têm dificuldades em implementar uma estratégia de segurança digital que seja robusta e holística.
A cibersegurança é uma prioridade da Mastercard. Nos últimos seis anos, a companhia investiu US$ 5 bilhões na aquisição de 15 empresas do segmento, como RiskRecon, NuData, Brighterion e Ethoca. A empresa tem investido em proteção digital baseada em Inteligência Artificial, visando automatizar riscos cibernéticos, auxiliar processos, tomadas de decisões, entre outros.