Investimentos

Novas resoluções sobre LCAs, LCIs, CRAs e CRIs: o que muda?

Na visão de Cláudio Bokel, CEO da Intrabank, a oferta de destes ativos será afetada de forma instantânea

8 FEV 2024 • POR Redação SpaceMoney • 16h10
Foto: Marcos Santos/USP Imagens

O Conselho Monetário Nacional (CMN) decidiu promover uma série de ajustes nas normas que regem a emissão, pelo setor privado, de títulos incentivados emitidos com lastro em operações do agronegócio e do setor imobiliário (papeis que contam com isenção de Imposto de Renda para os investidores).


O que muda? 

Os ajustes foram feitos por meio das resoluções nº 5.118 e nº 5.119. A primeira resolução altera os lastros elegíveis para as emissões de Certificados de Recebíveis do Agronegócio (CRAs) e Certificados de Recebíveis Imobiliários (CRIs). 

Já a outra muda não só os lastros elegíveis das Letras de Crédito do Agronegócio (LCAs), das Letras de Crédito Imobiliário (LCIs) e das Letras Imobiliárias Garantidas (LIGs), mas também os prazos de vencimento.

O prazo mínimo de vencimento das LCAs foi ampliado dos atuais 90 dias para 9 meses e o das LCIs, de 90 dias para 12 meses. 

Além disso, o CMN passou a proibir emissão de CRIs e CRAs com lastro em títulos de dívida de emissão de companhias abertas não relacionadas aos setores do agronegócio ou imobiliário.

 

Na visão de Cláudio Bokel, CEO da Intrabank, a oferta de destes ativos será afetada de forma instantânea, já que vários destes papéis não serão mais ofertados.

Pelo lado da demanda, o executivo considera que ainda é cedo para fazer grandes previsões, mas destaca que o investidor seguirá atento a oportunidades em produtos mais interessantes do ponto de vista tributário. “É possível que alguns investimentos sejam direcionados para outros ativos”, afirma.

 

O sócio-fundador e diretor de Investimentos da ID Gestora, Gustavo Biava, acredita que os FIDCs, Fiagros e FIIs podem ganhar tração nesse cenário, considerando que também são produtos vantajosos tributariamente.

Segundo Biava, o interesse do mercado em torno destas alternativas já está aumentando. “São produtos mais sofisticados também, com maior liquidez e dinamismo na comparação com os títulos de renda fixa”, pontua.

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