Economia

IPCA-15: inflação de novembro favorece ciclo de corte da Selic, dizem analistas

Warren Investimentos projeta que a inflação oficial do País feche 2023 em torno de 4,5%

28 NOV 2023 • POR Lucas de Andrade • 13h40
Risco fiscal influencia na queda da bolsa - Marcello Casal Jr/Agência Brasil

O Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo - 15 (IPCA-15) foi de 0,33% em novembro e ficou 0,12 ponto percentual (p.p.) acima do resultado de outubro (0,21%). 

No mesmo intervalo de 2022, a taxa foi de 0,53%.

No ano, o índice acumula alta de 4,30% e, em doze meses, de 4,84%, e abaixo dos 5,05% registrados nos doze meses imediatamente anteriores. 

 

“A leitura do IPCA-15 referente a novembro firma prescrição de mais duas reduções de 50 pontos-base nas reuniões de dezembro e janeiro” avaliou Antonio van Moorsel, estrategista-chefe da Acqua Vero Investimentos.

Com isso, a taxa básica de juros Selic seria conduzida a 11,25% no primeiro bimestre do próximo ano – menor nível desde maio de 2022.

“À vista da mais recente evidência do perfil benévolo da inflação corrente, convém pontuar que o ritmo da flexibilização em curso poderia ser mais intenso. Entretanto, o cenário externo, caracterizado pela incerteza no que tange à política monetária norte-americana, e o quadro fiscal brasileiro, dominado pelo ceticismo local, mina a confiança da autarquia e, por conseguinte, barra a aceleração deste processo” completou.

 

Andréa Angelo, estrategista de inflação da Warren Investimentos, sinalizou que a leitura do índice continua a mostrar “abertura qualitativa muito boa”, com desaceleração consistente das medidas de serviços subjacentes e dos núcleos.

“Nossa coleta proprietária para Black Friday capturou o sinal da deflação para esta leitura. A saber, a medida de serviços subjacentes dessazonalizada de média móvel 3 meses apontou 2,78%, abaixo da meta de inflação. A mediana dos principais núcleos então em torno dos 3%”, apontou.

De acordo com as projeções da especialista, a inflação encerraria o ano encerraria em 4,54%. Para 2024, segue com projeção de 4,4%.

 

Para a gestora Equus, após atingir seu último pico em abril de 2022, a inflação entrou em uma trajetória de queda que a levou de volta para a meta estabelecida pelo Banco Central (BC), de 3,25% com tolerância de mais ou menos 1,5%. 

“Os dados de inflação das principais economias globais apontam um comportamento similar ao da inflação brasileira. Após terem seus picos principalmente ao longo de 2022, a inflação desses países também demonstrou sinais de arrefecimento principalmente graças ao trabalho dos seus respectivos Bancos Centrais, que aumentaram de forma significativa suas taxas de juros”, destaca.

 

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