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Saraiva (SLED3)(SLED4): CVM vai apurar denúncia sobre validade de ata

Ex-conselheiros alegam participação de executivos na assinatura de um documento falso que, entre outras possibilidades, autorizou o saque de R$ 2,5 milhões em espécie a título de adiantamento

22 SET 2023 • POR Lucas de Andrade • 07h26
Fachada de loja da Saraiva - Reprodução

Na noite de quinta-feira (21), a Comissão de Valores Mobiliários (CVM) abriu um processo para apurar se uma ata do conselho de administração da Saraiva (SLED3)(SLED4) assinada em dezembro de 2020 por seu então presidente era falsa ou não.

No documento, constam a contração da empresa KR Capital e do ex-CEO Marcos Guedes. O material serviu para validar os questionamentos de acionistas e conselheiros que não sabiam da existência de tal contrato, uma vez que o mesmo não havia sido contemplado no plano de recuperação judicial.

Nesta semana, os conselheiros de administração, Aaron Bruxel Rabeno, e do conselho fiscal, Francine Nunes, renunciaram aos seus cargos após o controlador da Saraiva votar a sua própria aprovação de contas do ano passado algo proibido pela lei.

Os ex-dirigentes solicitaram à autarquia que apure o que o perito Domingos Toscchetto concluiu em ser uma ata adulterada.

Membros dos colegiados receberam esta ata para deliberar em reuniões pelo período de mais um ano. Por diversas vezes, por uma questão de transparência, os conselheiros solicitaram o documento original, que alegam que nunca foi apresentado pela empresa.

Esta ata, assinada pela presidente do Conselho de Administração, Olga Saraiva, pelo vice-presidente de relação com os investidores (RI), Jorge Saraiva Neto, e pelo presidente do Conselho Fiscal, Henrique Garcia, foi enviada aos conselheiros nas reuniões para validar a contratação da KR Capital.

Desta forma, todos os atos praticados pela KR Capital na administração da empresa e do ex-CEO e Conselheiro de Administração Marcos Guedes, sócio da KR Capital, podem estar comprometidos com o mercado de capitais e com os 14 mil acionistas da empresa, uma vez que os rumos da Saraiva foram deliberados por meio de uma ata que permitiu, de acordo com os denunciantes, "o esvaziamento dos cofres da empresa, entre eles de um saque de R$ 2,5 milhões em espécie a título de adiantamento, sem aprovação do Conselho".

O Ministério Público (MP) encaminhou para a Polícia Civil a ata assinada por Olga Saraiva, Jorge Saraiva Neto e Henrique Garcia.

As informações são de Comunicação Simples.

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