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Alpargatas (ALPA4) dispara 11% após resultados, o que esperar daqui para a frente?

Para o Bradesco BBI, a companhia pode começar a sentir impactos positivos somente a partir do segundo semestre de 2023

5 MAI 2023 • POR Mari Galvão • 18h47
Ponto de venda da Havaianas, controlada de Alpargatas - Paulo Fridman, da Bloomberg

A Alpargatas (ALPA4) registrou um prejuízo líquido de operações continuadas de R$ 199,7 milhões no primeiro trimestre deste ano, uma reversão aos ganhos de R$ 112,1 milhões no mesmo período de 2022.

O EBITDA (lucro antes de juros, impostos, depreciação e amortização) ficou em negativo em R$ 211,6 milhões. O resultado do mesmo intervalo no ano passado foi positivo em R$ 144,4 milhões.

O Bradesco BBI destacou que os resultados ficaram acima das expectativas. Os analistas afirmam que volume de demanda permaneceu lento na maioria das frentes da empresa, exceto nos Estados Unidos.

O volume de negócios de gestão da empresa levanta um ponto de interrogação adicional sobre os resultados de 2023, destaca o relatório do BBI.

Sobre a administração da companhia, o banco destaca que o ex-CEO Beto Funari renunciou em abril e Luiz Fernando Ziegler, um dos atuais membros do conselho, foi anunciado como CEO interino.

Os analistas do Bradesco pontuam que Ziegler tem experiência na Ambev (ABEV3), que será chave para executar todas as medidas de transformação que a empresa diz que precisará tomar durante os próximos meses. 

Ainda assim, os processos de reestruturação requerem tempo para atingir maturidade e os benefícios para a Alpargatas só devem ser percebidos no segundo semestre de 2023 e ao longo de 2024. 

O Bradesco BBI mantém a classificação neutra para as ações ALPA4, com preço-alvo de R$ 11,00 ao final de 2023. Nesta sexta-feira (5) as ações preferenciais da companhia encerraram com alta de 11,98%, a R$ 8,60.

"A nosso ver, o cenário desafiador para crescimento de volume somado às incertezas em relação à execução, já está precificada nos atuais 13,2x P/L 2023e", explicam.  

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