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Méliuz (CASH3) pode disparar quase 90%; entenda por quê

Analistas de Genial Investimentos têm expectativas no potencial de cross sell da vertical de Shoppings com a vertical de Serviços Financeiros, sobretudo com a nova empreitada da companhia na concessão de crédito

10 AGO 2022 • POR Redação SpaceMoney • 14h46
- Divulgação

Na terça-feira (9), a Genial Investimentos iniciou a cobertura das ações de Méliuz (CASH3). Ao preço de R$ 1,30 no pregão anterior (8), a corretora espera que os papéis disparem 88,46%, ao preço de R$ 2,45 - com recomendação de compra. Às 14:45, as ações subiam 8,20%, a R$ 1,32.

Analistas baseiam as expectativas no potencial de cross sell da vertical de Shoppings com a vertical de Serviços Financeiros, sobretudo com a nova empreitada da companhia na concessão de crédito.          

A base de clientes do Méliuz chega a ser aproximadamente 28% superior em comparação ao Banco Inter (INBR31). Enquanto o Méliuz possui cerca de 23 milhões de usuários, o Banco Inter está próximo de 18 milhões.

Somados ao fato de que o Méliuz foi uma empresa que surgiu como startup em 2011 e que o Banco Inter foi fundado em 1994 (na época, como Banco Intermedium), o Méliuz cresceu sua base muito mais rapidamente do que o Inter com um portifólio de serviços muito mais escasso, e provou ser então um negócio muito mais escalável à medida que CASH3 expandiu o seu portfólio, na opinião de Genial Investimentos.

Isso leva a corretora a crer que há um bom potencial para aproveitar o cross sell entre a vertical de Shoppings e a de Serviços Financeiros e que, caso a companhia não erre a mão no ritmo de concessão de crédito, vai conseguir uma boa amplitude de tamanho de carteira no longo prazo.

Porém, na projeção de curto prazo (inferior a 5 anos), analistas consideram que o Banco Inter deve superar a base de clientes totais em relação ao Méliuz, por já começar a colher o fruto da diversificação iniciada mais cedo que o Méliuz. Chegar tarde na “festa” pode ter consequências para a CASH3, diz Genial.

Eles esperam então que o Méliuz comece a fazer receita oriunda dos cartões de débito e crédito a partir do 3T22 e mesmo assim, será muito pouco representativa, de forma que, nesses dois próximos trimestres (2T22 e 3T22) devemos observar uma queda de receita vinda do cartão co-branded, conforme explicado anteriormente, que não deve ser compensada pela receita do cartão próprio, pontua a corretora.

Apesar de estarem mais otimistas com o TPV do co-branded, analistas acreditam que esse descasamento deve pressionar ainda mais as margens da empresa no curto prazo, o que nos leva a acreditar que não veremos uma reversão do prejuízo de -R$ 6,5 milhões auferidos pela companhia no primeiro período.

A Méliuz divulga seus resultados do 2T22 no dia 15 de agosto após o fechamento de mercado. A conference call será às 11h (Brasília), no dia 16.

 

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