Zoom (Z1OM34) sobe após resultados e projeções melhores que o previsto e anima analistas

A ZM divulgou lucro por ação ajustado de US$ 1,03 no 1º trimestre, comparado a US$ 1,32 no mesmo período do ano passado e acima do consenso de estimativas de US$ 0,86 por ação

Por Senad Karaahmetovic, da Investing - As ações da Zoom Video Communications  (SA:Z1OM34) (NASDAQ:ZM) subiam 6,04% por volta das 13h48 desta terça-feira depois que a companhia divulgou lucro por ação (LPA) ajustado  melhor que o esperado para o 1º trimestre.

A ZM divulgou lucro por ação ajustado de US$ 1,03 no 1º trimestre, comparado a US$ 1,32 no mesmo período do ano passado e acima do consenso de estimativas de US$ 0,86 por ação. As receitas atingiram US$ 1,07 bilhão, aumento de 12% no ano a ano, em linha com as estimativas.

A Zoom divulgou fluxo de caixa livre de US$ 501,1 milhões, um aumento de 10% em relação a doze meses atrás e superando o consenso das estimativas de US$ 412,7 milhões. A Zoom registrou aproximadamente 198.900 clientes empresariais ao final do 1º trimestre.

Olhando para o segundo trimestre, a Zoom espera receitas de cerca de US$ 1,12 bilhão, pouco acima das expectativas dos analistas de US$ 1,11 bilhão. A companhia espera que o LPA ajustado para o 2º trimestre se situe na faixa entre US$ 0,90 e US$ 0,92, enquanto os analistas miravam em US$ 0,84 por ação.

Em termos do ano inteiro, a Zoom antecipa LPA ajustado na faixa de US$ 3,70 a US$ 3,77, acima das previsões anteriores entre US$ 3,45 e US$ 3,51 e superando as projeções do mercado de US$ 3,49 por ação. A empresa de tecnologia espera receitas no ano na faixa de US$ 4,53 bilhões a US$ 4,55 bilhões, enquanto os analistas antecipavam US$ 4,54 bilhões.

"Entregamos receitas de mais de um bilhão de dólares impulsionadas pelo sucesso contínuo no segmento Enterprise, do Zoom Rooms e do Zoom Phone, que alcançaram 3 milhões de assentos durante o trimestre", disse a empresa.

Meta Marshall, analista do Morgan Stanley, reiterou a classificação Overweight e o preço-alvo de US$ 140 por ação da Zoom.

"O 1º trimestre da Zoom refutou o sentimento predominantemente negativo no momento da sua divulgação, já que o upside nas linhas de receitas e ganhos comprovou a atratividade do modelo. Com grande porcentagem das renovações agendadas com a Covid garantidas para o ano, ela mantém [a classificação] OW devido ao modelo atraente, especialmente devido ao exercício de 2023 com menos riscos", disse a analista em um relatório aos clientes.

O analista da RBC, Rishi Jaluria, também fez uma avaliação positiva das ações da Zoom após os resultados.

"Seguimos gostando das ações da Zoom a longo prazo e vemos os valuations atuais (16x, nosso FCF EV/CY23E) como mais que atraentes para o melhor software corporativo na sua classe, que esperamos ser estruturalmente capaz de proporcionar um crescimento superior a 15%, com margens FCF de 30% a 40%. O valuation sozinho, entretanto, nunca é um bom motivo para se comprar uma ação e, embora vejamos, sim, um potencial limitado de queda das ações desse ponto em diante (a ZM registra queda de 32% desde o 4º trimestre vs. queda de 17% do NASDAQ), hesitamos em considerar esse seu fundo, considerando-se a configuração do 1º trimestre", escreveu Jaluria em relatório aos clientes.