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Braskem (BRKM5): estratégia de ESG se revela desafiadora, mas lucrativa, diz BB Investimentos

A análise do BB Investimentos acontece após a Braskem anunciar na quinta-feira passada, 14, que assinou mais um contrato de compra de energia eólica, com a EDF Renewables do Brasil

22 ABR 2022 • POR Investing.com • 08h06

Por Ana Beatriz Bartolo, da Investing.com - A Braskem (BRKM5) tenta se afastar das suas polêmicas ambientais recentes ao traçar uma nova estratégia de sustentabilidade. O projeto, no mínimo, tem sido desafiador, segundo o BB Investimentos, porém, os resultados tendem a aumentar a rentabilidade da companhia no longo prazo.

A análise do BB Investimentos acontece após a Braskem anunciar na quinta-feira passada, 14, que assinou mais um contrato de compra de energia eólica, com a EDF Renewables do Brasil. Com a ideia de viabilizar a construção de um novo complexo eólico no sudoeste da Bahia, que deve ser implementado em 2024 e fornecer energia para a empresa durante 20 anos.

Mas, essa foi apenas uma das diferentes medidas que a Braskem roma na sua caminhada sustentável. De acordo com o banco, os esforços da companhia se concentram no crescimento de sua linha de produtos sustentáveis, como o polietileno verde, assim como no aumento da reciclagem e projetos de economia circular, além da obtenção de fontes de energia mais sustentáveis. 

O BB Investimentos aponta que a estratégia de ESG da Braskem possui sete pilares: saúde e segurança; resultados econômico e financeiros; eliminação de resíduos plásticos; combate às mudanças climáticas; ecoeficiência operacional; responsabilidade social e direitos humanos; e inovação sustentável.

Algumas iniciativas ainda não estão em fase operacional e a sua implementação ainda deve demorar. Porém, o BB Investimentos destaca que essas propostas sinalizam um direcionamento estratégico da companhia que pode diversificar receitas e melhorar a rentabilidade.

Nos últimos anos, porém, a Braskem esteve envolvida na operação Lava Jato, cujos alvos eram as proprietárias da empresa petroquímica (Petrobras (SA:PETR4) e Odebrecht), e em um fenômeno geológico em Alagoas, que causou o afundamento de bairros inteiros na região e o deslocamento de 55 mil pessoas.

As provisões relacionadas a esse caso somam cerca de R$ 12 bilhões, segundo o BB Investimentos, o que corresponde a quase um terço do market cap da companhia.  

O |BB Investimentos mantém a sua recomendação neutra sobre as ações da Braskem, com preço-alvo de R$ 62, um potencial de valorização de 49,8% em relação ao fechamento de quarta-feira (20), quando foi negociada em baixa de 1,69% a R$ 41,39. 

O preço-alvo dos analistas do BB-BI foi semelhante ao da mediana dos analistas consultados pelo Investing.com, com potencial de alta de 41,82% a R$ 58,70.

A maioria dos analista recomenda "compra" para os papéis da petroquímica, enquanto avaliam como "neutra".

 

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